terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mudanças... Feliz Natal e Ano NOVO!

Como o tempo passou... Como fiquei tão longe dos textos... Não vou dizer que senti saudades, por que na verdade mal tive tempo para esse sentimento enquanto enfrentava a insana maratona de provas e trabalhos da faculdade, e ainda estava sem motivação para falar de esportes.

O ano terminou e assim terminou a minha 1° temporada depois de meu afastamento do Remo. Foi um ano longo e cansativo, agora em pré-temporada (no atual momento já de férias de final de ano) e normal que nossa mente procure outras coisas para se interessar, o esporte começa a ficar em outro plano, talvez esse seja o principal motivo da distância do blog, por que falar de esporte, por mais lindo que seja, estava me saturando.

Esse texto também não vai falar especificamente de esportes, gostaria em meu último texto deste ano, de falar um pouco de outras coisas, gostaria de falar sobre minha vida, sobre equilíbrio e ideais.

Acho que todos nós mudamos, em ciclos, que de repente se quebram e nessas quebras mudamos muito, até traços de nossa personalidade, acredito que recentemente estou passando por uma ruptura cíclica, minha vida mudou, minhas vontades, assim como minhas obrigações comigo mesmo.

Não consigo mais simplesmente olhar para as coisas erradas e fechar os olhos, como se nada tivesse acontecido, não consigo mais aceitar as injustiças e corrupções que vemos no esporte e na vida, seja estas políticas ou pessoais.

Tenho tido contato com ideais novos, novas idéias, novas atitudes e sinto cada vez mais que preciso fazer alguma coisa, não posso deixar minha vida passar e depois olhar e não ter feito nada para mudar alguma coisa que estava ruim, não consigo mais viver sem equilíbrio em minha vida.

As vezes nos dedicamos tanto a uma coisa, mesmo que tenhamos muito amor por esta, e acabamos nos desequilibrando, deixando outras coisas tão importantes quanto de lado, deixando nossa vida andar em apenas uma direção.

Ainda bem que sempre temos um momento de análise, um momento onde podemos olhar para trás e ver “o que diabo” estamos fazendo com nossas simples e mortais vidas. E você, o que esta fazendo para deixar o mundo melhor?

Acho que essa era a mensagem que queria passar nesse final de ano, por que temos sempre um novo ano, um ano que podemos mudar e tentar fazer coisas novas, com novos ideais e tentar mudar um pouco as coisas.

Analisem suas vidas, suas atitudes, vejam se tiveram um bom ano, e tracem metas para o próximo ano, eu estou traçando as minhas já... Vai ser um ano bom, mas conturbado, por que todas as mudanças são assim, mas espero no final desse processo ser uma melhor pessoa, mais equilibrada, com novos ideais e novas prioridades.Muito obrigado pela fidelidade ao blog, obrigado por lerem meus textos, e espero por vocês em 2009 para dividirmos grandes conquistas... Feliz Natal e um bom NOVO ano a todos!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Troféu Bandeirantes de Remo e Virada Esportiva.

Banner feito por Petrus Pomme

Bom dia galera do Blog Olímpico!!!

Sei que minhas atualizações andam meio devagares, mas não se preocupem, ainda tem muita coisa para sair... muitos textos estão sendo preparados, e logo mais serão publicados...

Queria avisar-los que nesse sábado, acontecerá na raia olímpica da USP, mais uma edição do mais tradicional campeonato de remo em São Paulo, o Troféu Bandeirantes.

Este é um campeonato diferenciado, por que é realizada uma única prova, no barco de 8 com timoneiro, sendo assim, os melhores atletas paulistas estarão reunidos, diputando o troféu. Este ano, a prova terá 4 barcos, representados pelos seguintes clubes: Pinheiros (atual bicampeão da prova), Paulistano, Corinthians e CEPEUSP.

Além da tradição envolvida neste campeonato, o Troféu Bandeirantes fará parte da programação da Virada Esportiva, que tem início nesse sábado e termina do domingo (varando toda a madrugada), onde estão programadas inúmeras atividades espalhadas pela cidade de São Paulo, vale a pena conferir!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

"Se eu fosse presidente do COB". Por: Alberto Murray

Galera, sei que é um texto enorme, mas vale muito a pena...
Esse texto escrito por Alberto Murray estava no Blog do Juca (UOL), após a dica dada pelo meu Professor Zé Augusto, não podia deixar de trazer-lo para vocês...

Se eu fosse Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, eu:

- teria vergonha de ver meu nome estampado na primeira página do maior jornal da minha Cidade, acusando-me de ter feito uma reeleicao sorrateira;

- ficaria enrubescido no corpo inteiro ao ver o outro grande jornal da minha Cidade, acusando-me da mesma coisa que o outro;

- teria dores de estômago ao perceber que a mídia de todo País condenava os meus métodos de reeleicao;

- setirme-ia- pior ainda ao verificar que ate a mídia não especializada desviara atenção para a minha reeleicao, acusando-a de ilegitima;

- pediria para sair se constatasse que o que eu fiz não agradou a ninguem, principalmente aos Atletas, que deveriam ser a voz mais importante a ser ouvida;

- enfiaria a cabeça no primeiro buraco da praia de Ipanema, feito um siri, ao prometer mundos e fundos em algum dossie de candidatura em realização de obras de infra-estrutura para o povo da minha Cidade e não ter cumprido uma meta sequer. Não teria coragem de jogar a culpa disso em cima dos Poderes Públicos;

- teria catapora ao mostrar aos membros da Organização Desportiva Pan-Americana ("ODEPA") que não fiz construir uma única dessas obras e que os "elefantes brancos" que edifiquei não ficaram, ao menos, à disposição do povo para, livremente, praticar esportes;

- ficaria sem voz ao constatar que, apesar dos bilhoes de Reais de dinheiro público empenhados nos Jogos Pan-Americanos, a opinião especializada concluísse que o legado para a minha Cidade fora zero;

- não saberia aonde enfiar a cara se o Tribunal de Contas do meu próprio País desse um retumbante NÃO à minha prestação de contas sobre alguma competiçao internacional realizada sob os meus auspicios;

- não faria de nenhuma Cidade do meu Pais candidata à sede de Jogos Olimpicos enquanto não fossemos uma potência economica com distribuição justa de renda, em saúde, educação, transporte, moradia, segurança, meio ambiente, cultura e tantos outros itens;

- pediria ao Governo que, em vez de empenhar milhões e milhões de Reais em uma candidatura fadada ao fracasso, aplicasse esse dinheiro na base do esporte, nas escolas públicas de ensino elementar. Eu colocaria minha experiência à serviço do Governo para auxiliar nessa tarefa. Chamaria de demagogo o Prefeito, Governador, ou Presidente que quisesse trazer uma Olimpíada para o Brasil;

- eu respeitaria a lei e faria licitação para todos os servicos contratados com terceiros;

- eu acabaria com intermediários, desnecessários, como agências de viagens, que ganham comissões às custas das reservas de passagens e hoteis comprados à partir do Comitê;

- eu não deixaria que qualquer membro do Comitê tivesse qualquer relacionamento empresarial com interesses financeiros ligados à àrea de esportes;

- eu tentaria passar ao povo a mensagem de que ser potência olimpica a qualquer custo é uma idiotice. Eu diria que mais importante do que contar medalhas é desenvolver na juventude o gosto pela prática do esporte para se ter uma nação mais saudável. Que após muitos anos, criando-se no País uma mentalidade Olimpica, da quantidade tiraríamos a qualidade;

- aliás, lutaria para que o Ministerio da Educação incluisse em seu programa básico de ensino a obrigatoriedade de aulas de Olimpismo, na disciplina de educação fisica, ou de história. Isso também obrigaria aos Professores estudar a materia;

- não "babaria ovo" para Presidente, Ministro, Secretário, patrocinador ou quem quer que fosse. Agiria com educação, mas não me afastaria, nunca, de meus princípios olímpicos, sendo capaz de criticar, publicamente, qualquer autoridade que eu achasse que devesse ser criticada. E de elogiar quem eu achasse que deveria ser elogiado;

- não teria o rabo preso com ninguém;

- estimularia às críticas dos outros a mim mesmo e as analisaria com humildade para, quem sabe, corrigir rumos;

- responderia a todas as perguntas da imprensa, sem destratar qualquer repórter, mesmo quando julgasse que algumas perguntas fossem provocativas. Esse, também, é o oficio deles;
- faria definições claras para a distribuição do dinheiro da Lei Piva;

- certamente, não faria sozinho esses critérios. Chamaria as Confederações, Federações, Clubes e Atletas a dar sugestoes;

- não concordaria com a "meritocracia" em que os esportes mais ricos, por terem outras fontes de renda, estariam sempre em primeiro lugar;

- tentaria achar uma forma justa de dar mais a quem tem menos, as chamadas Confederaçoes menos prestigiadas;

- exigiria das Confederações que, como um dos critérios para o repasse de verba, fosse apresentado ao Comitê a realização de trabalhos sociais, do desenvolvimento do seu esporte em comunidades pobres;

- acabaria com essas seleções permanentes e centros de excelência "de faz de conta". Ao mesmo tempo em que exigiria disciplina dos Atletas de alto rendimento, o deixaria livres para treinar em seus clubes (célula mater do esporte brasileiro), vivendo em suas Cidades, ao lado de suas familias. As seleções poderiam reunir-se, talvez, uma vez por mes. Por princípio, os Atletas de alto rendimento devem ser responsáveis por sua vida regrada. Temos que confiar no bom senso de cada um deles;

- repassaria a maior parte do dinheiro público às Confederações, às Federações, aos Clubes e ao Atletas, porque quem menos precisa de dinheiro é o proprio Comitê, cuja função não é formar o Atleta. É a de dar condições para isso;

- acabaria com verbas altíssimas de "manutenção da entidade" e daria outra destinação a essas quantias. Certamente iria para o desenvolvimento do esporte;

- daria menos festas;

- não faria publicidade nem do Comitê, muito menos de mim mesmo, com dinheiro da entidade;

- exigiria prestação rígida de contas e não admitiria um só deslize. Tratar com dinheiro publico é coisa muito séria;

- eu daria liberdade de Associação à Academia Olímpica Brasileira, deixando com que seus próprios Membros escolhessem a sua diretoria;

- apoiaria os Estudos Olímpicos, pois a base de tudo isso nada mais é do que o Olimpismo como uma filosofia de vida a ser difundida na sociedade;

- não faria média com Confederações, levando à Jogos Olimpicos Atletas com índices fracos, apenas para inchar a delegação e sair por ai dizendo "essa é a maior delegaçao bla, bla, bla…" E daí que é a maior delegação? Jogos Olímpicos coroam a vida de um Atleta e não é lugar para se ganhar experiência;

- reduziria meu próprio mandato para uma eleição de quatro anos, com direito a uma única reeleição;

- lutaria para que o mesmo fosse feito com as Federações e Confederações;

- eu revogaria, de cara, o artigo 26 dos Estatutos do Comitê, que impede que qualquer cidadão brasileiro seja candidato à Presidente e Vice-Presidente da entidade, a qual, hoje, vive do dinheiro do povo;

- faria constar dos contratos de patrocínio assinados com empresas privadas, uma cláusula inversa à de confidencialidade. Uma cláusula que exigisse do Comitê dar publicidade àqueles contratos. Se as partes não têm nada a esconder, esse é o único caminho;

- incentivaria a literatura olímpica e esportiva de uma maneira geral, de forma mais democrática;

- tentaria dar aos nossos talentos excepcionias o tratamento especial que eles merecem. Mas não os confinaria em "campos de concentração". Eu teria que acreditar no bom senso desses Atletas e em sua auto-disciplina. Se ele quer ser um grande Atleta, deve partir dele, antes de tudo, a responsabilidade pelos seus atos. Atleta-talento sem responsabilidade não é Atleta. Quem tem a perder é somente ele. E perderia mesmo, se fosse um irresponsável e não soubesse aproveitar as boas oportunidades;

- eu daria mais ênfase às competições nacionais estudantis e universitárias. O esporte universitário é uma das coisas mais bonitas que existem nesse meio;

- lutaria pela criação de uma agência nacional de esportes, a ser tocada por técnicos com mandato, livres de influências politicas, para fazer um planejamento a longo prazo para o esporte brasileiro;

- eu acabaria com a Casa Brasil em Jogos Olímpicos, que acaba não servindo para nada. Ou se quisessem fazê-la, que fosse por conta e ordem da iniciativa privada;

- eu não levaria presentinhos para os Membros do Comitê Internacional Olímpico. Isso não dá prestigio a ninguém. Eu tentaria obter o prestígio deles pela seriedade e clareza de minhas posições;

- exerceria a função com autoridade, mas, nunca, com autoritarismo;- eu acho que eu seria o maior crítico de mim mesmo, que seria capaz até de me fazer auto-oposição em alguns momentos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Imagem da Semana - Vela.

Foto retirada durante os Jogos Olímpicos de Pequim - Site Terra.

domingo, 26 de outubro de 2008

3° Troféu Brasil de Remo Unificado – Final.



Foram 6 dias interruptos de competições na raia olímpica da USP, mas ontem, sábado 25 de outubro, o 3° Troféu Brasil de Remo chegou ao seu final.

Foi um campeonato marcado por muitas coisas, entre elas, podemos destacar algumas coisas boas e outras nem tanto. Do lado bom, como sempre, está atrelado aos atletas que deram um show de força de vontade, técnica e raça, correndo sempre com total empenho suas provas.

Agora, outras coisas não saíram tão bem, principalmente por conta da própria confederação, que em ano eleitoral marcou o campeonato com atitudes suspeitas, afinal, a disponibilização de barcos (os “intocáveis barcos italianos”) para todos, foi um tanto quanto incomum.

A grande realidade é que o campeonato nacional foi marcado por uma “extrema politicagem”, todos os presentes puderam sentir um clima meio pesado no ar, e isso ainda ficou mais presente quando um grupo da oposição manifestou-se contra a Confederação.

Muitos aderiram inclusive o que aqui escreve, com camisetas levando uma nova ideologia, uma “Nova CBR” estampada no peito. O circo pegou fogo. Afinal de contas, já são quase 17 anos do mesmo governo no remo e os resultados não apareceram, esta na hora de mudar, mas com certeza essa manifestação comandada pelos clubes de São Paulo e do Sul não “ficará impune” caso a situação se reeleja (como sempre nesse país).

Bom, voltando a parte boa, podemos destacar sem a menor dúvida a evolução do remo paulista, que deu um show no campeonato. O Clube Atlético Paulistano ficou com a 3° colocação no geral (resultado extra-oficial) com 4 ouros, 3 pratas e 2 bronzes, e ainda somado com os resultados obtidos pelo Esporte Clube Pinheiros, a soma fica ainda melhor. O Pinheiros conseguiu 2 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. O Bandeirante teve uma medalha de cada e o Corinthians fechou o campeonato com uma de bronze.

O grande campeão do campeonato foi o Vasco da Gama, que conquistou 9 ouros, 7 pratas e 4 bronzes, levando para o Rio o Bicampeonato Brasileiro, deixando mais uma vez o clube gaúcho Náutico União com a segunda colocação (lembrando que não existe uma premiação oficial ao clube com maior vitórias, é uma contagem extra-oficial, um campeonato moral).

Dentro das conquistas paulistas no último dia, tenho que destacar o bicampeonato de Luciana Granato no Single Skiff Peso Leve, remadora do Paulistano, que venceu com certa folga a prova. Luciana foi a Pequim, junto de Camila Carvalho, no Double Skiff Peso-Leve. Camila (Vasco) também disputou a prova, ficando com a 2° colocação e Ana Pallassão (Paulistano) fechou o pódio com o 3° lugar.

Também no último dia de competições, o 2 sem timoneiro campeão brasileiro Sub-23 deste ano, dos remadores Renan e João (destaque da matéria do dia 23/10) disputaram a prova na categoria Sênior, e conseguiram uma suada segunda colocação. Travaram uma briga infernal com a guarnição do Clube Pinheiros e também do Vasco da Gama, estes chegaram na 3° e 4° colocação respectivamente.

Apesar dos pesares, como foi dito no começo deste texto, o campeonato, ainda que cheio de falhas e disputas extra-raia, foi de um ótimo nível graças aos atletas brasileiros, que ainda levam muito a sério este campeonato.

Graças a eles, o remo brasileiro ainda há de evoluir, basta a cartolagem parar de “brigar” entre si e começar a fazer algo sério pelos protagonistas do esporte, os atletas.