sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Imagem da Semana - Vela.

Foto retirada durante os Jogos Olímpicos de Pequim - Site Terra.

domingo, 26 de outubro de 2008

3° Troféu Brasil de Remo Unificado – Final.



Foram 6 dias interruptos de competições na raia olímpica da USP, mas ontem, sábado 25 de outubro, o 3° Troféu Brasil de Remo chegou ao seu final.

Foi um campeonato marcado por muitas coisas, entre elas, podemos destacar algumas coisas boas e outras nem tanto. Do lado bom, como sempre, está atrelado aos atletas que deram um show de força de vontade, técnica e raça, correndo sempre com total empenho suas provas.

Agora, outras coisas não saíram tão bem, principalmente por conta da própria confederação, que em ano eleitoral marcou o campeonato com atitudes suspeitas, afinal, a disponibilização de barcos (os “intocáveis barcos italianos”) para todos, foi um tanto quanto incomum.

A grande realidade é que o campeonato nacional foi marcado por uma “extrema politicagem”, todos os presentes puderam sentir um clima meio pesado no ar, e isso ainda ficou mais presente quando um grupo da oposição manifestou-se contra a Confederação.

Muitos aderiram inclusive o que aqui escreve, com camisetas levando uma nova ideologia, uma “Nova CBR” estampada no peito. O circo pegou fogo. Afinal de contas, já são quase 17 anos do mesmo governo no remo e os resultados não apareceram, esta na hora de mudar, mas com certeza essa manifestação comandada pelos clubes de São Paulo e do Sul não “ficará impune” caso a situação se reeleja (como sempre nesse país).

Bom, voltando a parte boa, podemos destacar sem a menor dúvida a evolução do remo paulista, que deu um show no campeonato. O Clube Atlético Paulistano ficou com a 3° colocação no geral (resultado extra-oficial) com 4 ouros, 3 pratas e 2 bronzes, e ainda somado com os resultados obtidos pelo Esporte Clube Pinheiros, a soma fica ainda melhor. O Pinheiros conseguiu 2 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. O Bandeirante teve uma medalha de cada e o Corinthians fechou o campeonato com uma de bronze.

O grande campeão do campeonato foi o Vasco da Gama, que conquistou 9 ouros, 7 pratas e 4 bronzes, levando para o Rio o Bicampeonato Brasileiro, deixando mais uma vez o clube gaúcho Náutico União com a segunda colocação (lembrando que não existe uma premiação oficial ao clube com maior vitórias, é uma contagem extra-oficial, um campeonato moral).

Dentro das conquistas paulistas no último dia, tenho que destacar o bicampeonato de Luciana Granato no Single Skiff Peso Leve, remadora do Paulistano, que venceu com certa folga a prova. Luciana foi a Pequim, junto de Camila Carvalho, no Double Skiff Peso-Leve. Camila (Vasco) também disputou a prova, ficando com a 2° colocação e Ana Pallassão (Paulistano) fechou o pódio com o 3° lugar.

Também no último dia de competições, o 2 sem timoneiro campeão brasileiro Sub-23 deste ano, dos remadores Renan e João (destaque da matéria do dia 23/10) disputaram a prova na categoria Sênior, e conseguiram uma suada segunda colocação. Travaram uma briga infernal com a guarnição do Clube Pinheiros e também do Vasco da Gama, estes chegaram na 3° e 4° colocação respectivamente.

Apesar dos pesares, como foi dito no começo deste texto, o campeonato, ainda que cheio de falhas e disputas extra-raia, foi de um ótimo nível graças aos atletas brasileiros, que ainda levam muito a sério este campeonato.

Graças a eles, o remo brasileiro ainda há de evoluir, basta a cartolagem parar de “brigar” entre si e começar a fazer algo sério pelos protagonistas do esporte, os atletas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

40 anos. Uma conquista e um atleta esquecido...

Foto retirada do site UOL Esportes.

Por acaso fiquei sabendo de uma história incrível que iria passar totalmente despercebida, se não fosse a reportagem (ótima) do UOL Esportes com o Pugilista Paulista, Servílio de Oliveira.

Servílio de Oliveira não virou nome de campeonato, não virou nome de referência nacional, e definitivamente é pouco lembrado na mídia brasileira, porém foi esse Servílio de Oliveira que conquistou a única medalha olímpica no boxe para o Brasil, um bronze, há 40 anos, nos Jogos Olímpicos do México.

Naquela época, era apenas um garoto apaixonado pelo seu esporte, tinha apenas 20 anos, e pouca vivência (principalmente internacional), que em seu ponto de vista, lhe custou à medalha de ouro.

Era uma época diferente, como conta na entrevista: Antigamente era uma época romântica, não havia muito incentivo, você treinava porque suava a camisa mesmo para defender um clube. Isso não acontece hoje com o profissionalismo do boxe e de todas as modalidades, haja vista o futebol, em que os moleques de 13 anos já visam a contratações astronômicas. Antigamente dava satisfação defender o país. Hoje, eu tenho as minhas dúvidas.

Na entrevista, Servílio conta que não haverá nenhuma homenagem por parte da confederação brasileira de boxe ou pelo COB (?), que apenas o Sesc de Santos e Itaquera o convidaram para dar palestras e fazer-lhe uma pequena homenagem pelo aniversário de 40 anos da conquista.

Hoje o ex-pugilista que trabalha em São Caetano como treinador e empresário, ainda comenta o desempenho dos brasileiros nos últimos anos, destacando o incentivo que o boxe recebe hoje do governo, que para ele, mudou o cenário amador do esporte no país, mas ainda a transição dos amadores para o profissional é muito difícil, é nesse período que se perdem muitos talentos.

Quem quiser ler a entrevista na integra, vale muito a pena, o link é o seguinte: http://esporte.uol.com.br/boxe/ultimas/2008/10/24/ult4358u214.jhtm

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Troféu Brasil de Remo – Sobrevivendo ao Inferno.

Renan e João do Paulistano - Campeões no 2- Sub 23


O troféu Brasil chega a seu 2° dias de finais. E por enquanto os cariocas do Vasco da Gama vão levando vantagem na soma das vitórias, já são 6 vitórias, contra as 3 vitórias do União e do Paulistano. Mesmo não existindo uma premiação geral, já é uma tradição a contagem das vitórias, onde de forma extra-oficial se determina o campeão do evento.

O paulistano hoje teve mais uma grande vitória na prova do 2- Sub-23. Esta prova é do Paulistano desde 2002, quando eu e meu ex-companheiro de barco Panayote Damilakos vencemos pela primeira vez. Porém hoje o 2- Paulistano é muito bem representado pelos “invencíveis” e integrantes da seleção brasileira Renan de Castro e João Pallassão. Eles defendem o título da prova desde 2005.

A prova que participei foi super disputada, até os metros finais. A briga foi pelo terceiro lugar da prova do Single Skiff Homens (prova individual de peso aberto), porém mesmo com todo meu esforço fui derrotado pelo meu companheiro de clube Marcelo Campos, que ficou com o Bronze, dando a primeira medalha ao Bandeirante nesse evento.

Mas ainda temos outro dia de competições, amanha (sexta-feira) serão realizadas as últimas eliminatórias para que sábado aconteçam as últimas finais e o encerramento de mais um torneio nacional. Ainda tenho chances de subir ao pódio, agora eu e meu companheiro Marcelo temos uma tarefa difícil pela frente, um Double Skiff Pesado... Mas como dizem por ai.... Vamos que vamos...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Enquete

Fala galera...

A enquete sobre a aprovação da nova cara do Blog terminou, e tivemos uma aprovação de 85%!!!

Agradeço muito aqueles que votaram, apesar de poucos votos, sei que foi representativo o resultado, mas agora, coloquei outra enquete, quero saber de você, meu leitor, o que mais gosta de ler aqui no Blog Olímpico... Coloquei algumas opções, caso você escolha a alternativa, "Outros", deixe um comentário dizendo sobre o que gostaria de ler... votem e me ajudem a deixar o Blog Olímpico ainda melhor...

Abraços

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Do Céu ao Inferno...



Acho que não dava para ser pior...
Essa é a frase que encontrei para descrever meu desempenho hoje. Sabe quando vemos atletas dando entrevistas dizendo, “hoje não era meu dia”, pois é, não sou muito chegado nesse tipo de desculpa, mas hoje, não foi meu dia.
Já comecei o dia mal, não consegui remar bem a eliminatória, onde classificavam os 3 primeiros de uma série de 5 barcos, coisa rara no remo, onde geralmente classifica-se nessa fase apenas o primeiro. Apesar da “moleza”, consegui ficar em 4° lugar e cai para a repescagem.
A repescagem foi embaixo de muito sol e ar seco, ao 12h20min (incrível como no esporte essas coisas acontecem, santa ignorância), consegui me classificar, vencendo a única bateria, podendo então disputar as semifinais da tarde, onde mais uma vez, me encontraria com um destino, um tanto quanto amargo.
Cai (talvez) na chave mais complicada, e não deu outra, um 5° e amarguíssimo lugar, e pela primeira vez na minha vida, fiquei de fora de uma final de campeonato (classificavam-se mais uma vez os 3 primeiros).
Do céu ao inferno em um dia. O pior é olhar para trás e ver o quanto me dediquei, o quanto treinei para essa competição (sempre o primeiro a entrar na água e o último a sair) e simplesmente ter um resultado pífio assim. Quando me perguntam a causa desse resultado, simplesmente não consigo explicar, encontrei o conforto de uma resposta na frase já mencionada acima, hoje não era meu dia...
Como diz meu ídolo Balboa, o importante, não é o quanto você bate, mas sim o quanto você agüenta (apanhar) e continuar em pé, é quanto você agüenta, cai e levanta e continua... Acho que nunca sofri uma “porrada” tão grande, uma frustração tão intensa, mas amanha tenho que levantar-me cedo para poder alinhar meu barco, para a disputa de uma inédita Final B (do 7° ao 12°), esquecer do sonho dourado de um retorno triunfal, que me motivou o ano inteiro (uma medalha nesse torneio), e tentar reerguer a cabeça, continuar...
ps: a imagem é do remador Rob Waddell, campeão olímpico em 2000, retirada no site oficial da seleção da Nova Zelandia de Remo, achei perfeita para ocasião, nem é preciso explicações né?!

Primeiro dia - Troféu Brasil de Remo.


Fala galera do Olímpico...

Não tenho muito tempo para contar a todos como foi a primeira manhã no campeonato nacional de remo, por que daqui a pouco saio novamente para a Raia Olímpica da USP para disputar as semifinais do Single Skiff Peso Leve, mas posso adiantar que na manha de hoje foram realizadas boas provas, porém todas pertencem a 1° fase, ou seja, foram todas eliminatórias.

Deixo um link com todos os resultados do dia, sei que não é a mesma coisa que ler um texto discritivo sobre tudo que aconteceu, mas pelo menos, podem acompanhar um pouco o que esta acontecendo na USP.


Abraços

Ps: Assim que tiver outra oportunidade posto mais novidades sobre o evento!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Imagem da Semana - C2 Húngaro.


Olá galera do Blog Olímpico...

Estou trazendo mais uma novidade... todas as sextas-feiras do mês estarei postando uma imagem, a "imagem da semana".

A idéia é trazer um pouco da arte da fotográfia esportiva para vocês, podendo então abrir espaço para discuções, emoções e viagens que estas fotos possam criar...

Ah, quem tiver como hobby a fotográfia esportiva e quiser compartilhar e divulgar seu trabalho, entre em contato comigo, assim encontraremos uma forma de disponibilizar seu trabalho.

A primeira foto desse mês é de uma dupla húngara da canoagem, a foto foi retirada durante os Jogos Olímpicos e ficou disponivel no Site Terra...

Espero que aprovem a ideia!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

3° Troféu Brasil de Remo Unificado.



Esta chegando a hora do mais importante campeonato de remo em nosso país, claro, estou falando do 3° Troféu Brasil de Remo Unificado, que será realizado na próxima semana, dos dias, 20 a 25 de outubro.
Já faz três anos que a CBR (Confederação Brasileira de Remo) resolveu juntar em apenas um campeonato todas as categorias do remo brasileiro, Junior, Sub 23, Sênior (peso-leve e aberto) em ambos os sexos. Mas neste ano teremos 2 novidades.
Uma delas será o Torneio Novos Talentos, que visara à preparação de uma nova equipe para uma futura competição internacional promovida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), os Jogos da Juventude, que será como uma espécie de Jogos Olímpicos Juvenis.
A outra novidade será a inclusão de 2 provas do remo adaptado ou paraolímpico, ambas serão disputadas no canoe, barco semelhante ao utilizado pelos remadores paraolímpicos em competições internacionais. As provas serão realizadas tanto no feminino quanto no masculino, com presença de remadores olímpicos.
Bom o lado ruim de um campeonato com tantas provas (serão disputadas 32 provas, sendo que boa parte destas terão fases eliminatórias) é que ele será realizado durante a semana, o que dificulta e muito a presença do público.
O ideal seria que as finais fossem disputadas no final de semana e as fases eliminatórias durante aos dias da semana, porém por motivos técnicos de dobra de atletas (participação em mais de uma prova) boa parte das finais serão realizadas durante os dias de semana, uma pena.
Bom quem quiser saber mais sobre os horários de competição, recomendo que acesse o site da Confederação Brasileira de Remo na coluna de link na lateral direita do blog.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Bem-Vindos!

Sejam vem vindos, a nova casa do Blog Olímpico, como vocês podem ver, esta mais moderno e bonito, mas principalmente esta mais organizado, por conta que existe nesse novo blog um sistema de armazenamento de textos muito mais interessante, coisa que não tínhamos anteriormente, ou seja, lá os textos se perdiam, morriam.
Agora temos essa nova configuração, onde você, meu leitor, poderá vasculhar os antigos textos (todos os textos publicados foram trazidos, são 142 textos publicados), leia e releia, emocione-se.
Ah, como ia esquecer, se atente também as enquetes que serão colocadas com freqüência, para criar uma comunicação melhor, assim saberei das preferências de vocês, melhorando então o material disponibilizado.
Bom, era isso galera... Espero que gostem!!!
Abraços
Matias

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Democracia as Avessas!


No texto que escrevi ontem falava de um presidente que visa a melhoria do desporte nacional, até comentei, justamente no titulo do texto, que Lula era um exército de um homem só, por que personagens como Arthur Nuzman (entre tantos outros) são os que complicam o avanço do esporte nacional, olhem só o que aconteceu desde ontem até hoje.
Nosso ilustríssimo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, resolveu convocar em regime de urgência, novas eleições para o cargo que esta representando no momento. Porém existem certas normas a serem seguidas pelo COB e também leis civis quanto ao tema de eleições.
Não sou advogado e também não tenho profundo conhecimento nas leis eleitorais, porém essas eleições às pressas foram de uma estranheza incrível. A votação para presidente foi feita em um Sub-Solo de um hotel no Rio de Janeiro, onde compareceram 31 dos 36 representantes do “colégio eleitoral esportivo”, vulgo, as confederações.
Bom, o resultado foi a reeleição de Nuzman por mais 4 anos, porém isso era inevitável já que não existia uma chapa de oposição (e também quem sabia dessas eleições a não ser ele mesmo?).
Em entrevista a ESPN, Nuzman fala como se nada de mais tivesse acontecido, inclusive minimiza o fato de não haver uma chapa opositora, dizendo que não via problema nisso.
Bom, caro Nuzman, chapa única, eleições na calada da noite, falta de informações, pressão política sobre as confederações, tudo isso não têm problema também? Ferir o regime democrático também não tem problema? Fazer de “trouxas” todos os brasileiros, todos os esportistas deste país, também não deve ter problema nenhum, não é mesmo?
Agora, nosso presidente irá cumprir seu mandato até 2012, onde completara incríveis e democráticos 17 anos no poder. Por que tanto tempo no poder, por que tanto tempo?
Bom, agora o futuro será assistir as cômicas e bizarras entrevistas de nosso “líder” esportivo, ver e ler as distorções nos resultados de nosso esporte, que em seus olhos evolui a cada ano, sempre com mais medalhas, melhores resultados, mais dinheiro, mais tudo, porém, basta ver o quadro de medalhas da última olimpíada (Pequim) e ver nossas míseras 3 medalhas douradas.
Parabéns a democracia, a justiça e claro a reeleição de nosso presidente e líder esportivo Carlos Arthur Nuzman!!!

Um exercíto de um homem só.


Mesmo com o mundo passando por uma grande crise econômica, devido à recessão econômica dos EUA, ontem o nosso ilustre presidente deu um tempo na loucura dos mercados para receber em Brasília alguns dos atletas (olímpicos e paraolímpicos) que estiveram em Pequim, em geral, os que estavam eram medalhistas e além (claro) da propaganda “gratuita” ao governo, Lula disse algumas coisas realmente interessantes e relevantes ao desporte nacional.
O Presidente da República cobrou em seu discurso, um projeto olímpico do COB, cobrou organização e disse que ainda não foi feito o que tem de ser feito para o Brasil tornar-se uma verdadeira potência olímpica e deixar de uma vez por todas de ser uma eterna promessa.
"Tenho mais dois anos e dois meses. Estou convencido que ainda não fizemos o que precisa ser feito" Disse o Presidente em seu discurso, e ainda disse mais: "Quero que vocês montem um esquema com proposta que eu me disponho junto com vocês a arrumar os 50, 100, 150 maiores empresários do Brasil para ajudar. Se nós quisermos nos transformar numa potência olímpica, precisamos não de gastos, mas de investimentos".
A verdade que as palavras de Lula na tarde de ontem foram fortes e especiais, de talvez o único presidente (pelo menos em minha curta experiência política) que realmente se importe com o desporte nacional, tudo bem, falta tanta coisa, tantos investimentos como ele próprio ressaltou, mas não me lembro de outro presidente que falasse tanto em esporte como o Lula, ou que recebesse com tanta freqüência atletas no palácio do governo.
Acredito que o primeiro passo para o Brasil tornar-se algo no cenário mundial esportivo já foi dado, que é justamente reconhecer as nossas deficiências, e estamos procurando melhorar-las, mas já que nosso presidente se empolga tanto como nosso esporte, poderia então, quem sabe lançar novas leis de incentivo e de organização do desporte nacional.
Leis de incentivo a patrocínios, aos clubes, as ong’s, a tudo que trate com o desporte brasileiro, e leis que regessem o desporte brasileiro de uma forma eficaz e rigorosa, uma lei que, por exemplo, limite o tempo de governo de cada confederação, limitando assim o tempo do mesmo “presidente” no cargo, para evitarmos esses “imperadores” que passam 15, 20, 25 anos no poder.
Quem sabe um dia...

Amor ao Esporte.

Foto retirada no site www.worldrowing.com

Qual é para você, o fator mais te motiva?
Bom, dentro do esporte esse fator, ou fatores, são fundamentais e fazem toda a diferença. São esses fatores (motivantes) que levam determinados atletas ao seu limite e alguns deles são fortíssimos.
Durante a 1° Copa Pinheiros de Remo, pude presenciar um desses grandes fatores. Foi durante a semifinal com um remador júnior do Rio Grande do Sul, do Guaíba de Porto Alegre (GPA), um clube muito tradicional, porém que vive uma fase difícil, já que regionalmente e nacionalmente, o Náutico União tem maior destaque. Esse remador se chama Denis Araujo (atual campeão brasileiro de sua categoria).
Antes da largada, enquanto esperávamos todos amontoados já em nossos barcos a liberação da raia, ele falou com outro competidor as seguintes palavras:
- Essa é a nossa chance de vencer-los, (...) eles remam pelo dinheiro e nos pelo amor ao esporte (...)!
Naquele momento, sabendo que era ele o meu principal rival para a classificação à final do evento, pensei comigo, como vencer um cara desses? Mas durante o aquecimento, cheguei a conclusão que estou no esporte pelo mesmo motivo, não é pela grana, mas sim pelo amor ao esporte.
Foi uma batalha duríssima (ler o texto no blog Pão na Chapa*), mas que no final, independente de quem cruzou a linha de chegada, foi o amor ao esporte que venceu.
O remo é um esporte cruel, onde as oportunidades são raras e quase sempre aparecem para aqueles que não as merece. Um esporte repetitivo e que muitas vezes beira o insuportável, mas são fatores como este, que fazem alguns atletas levantarem todos os dias na madrugada para treinar.
Sei que o remo não é o único esporte que carrega essa sina, alias gostaria de saber qual esporte competitivo de alto rendimento não é assim? Sem alguém souber me avisa ok?
Amar aquilo que se faz, ser feliz em meio de tanta loucura, em meio a tanto esforço, será que ainda estou falando só do esporte? Acho que não, amar é o segredo da vida, não é para mal que tantos poetas escreveram sobre o amor ao longo da história, não é para mal que desde os tempos das cavernas, vemos pinturas rústicas de homens com suas mulheres, juntos.
Amar a sua amada (o), a sua família, amar sua profissão, amar a tudo e a todos, tem que ser esse, sempre, o nosso principal fator motivacional, nunca podemos trocar as posições, por que afinal, nessa equação da vida, a ordem dos fatores definitivamente, influência no resultado final.
E quando achamos que já sabemos tudo (nesse caso especifico do remo), vemos que temos muito a aprender, muito a entender sobre o nosso mundo... Estejam sempre abertos a esses momentos de descoberta, afinal um “garoto” pode ter muito a ensinar, e dar-te uma lição de vida com apenas uma frase.

* No Blog Pão na Chapa, meu amigo e professor Zé Augusto descreveu justamente o dia desta semifinal e escreveu com tamanha maestria e emoção que nem me atrevo em contar a mesma parte da história, então, acessem
http://zeguto.blog.uol.com.br/ e desfrutem de um belíssimo texto.

Um sincero pedido de desculpas...


Estava assistindo a televisão sem pretensões, esperando o tempo passar. Justo passando de canal de forma frenética e sem rumo, encontro um programa do qual gosto muito, que é o Juca Entrevista da ESPN, me deparei com um texto excelente de um Professor da Universidade Federal de Brasília que escreveu uma carta de desculpas aos atletas brasileiros. Aliada com uma espetacular edição de imagens dos atletas brasileiros em Pequim a abertura do programa ficou sensacional (sem contar o programa em si que foi ótimo).
Sei que muitos não tiveram a oportunidade de assistir este programa e podem vir a perder a reprise, consegui encontrar o texto de Ronaldo Pacheco em um Blog de Educação Física. Espero que gostem...

Desculpas aos atletas Brasileiro

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;
Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;
Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;
Desculpem pela falta de incentivo na base;
Desculpem pela falta de praças esportivas;
Desculpem pelo discurso de que “o esporte serve para tirar a criança da rua” (é muito pouco se for só isso!);
Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;
Desculpem se muito cedo lhe tiraram o “esporte-brincadeira” e lhe impuseram o “esporte-profissão”;
Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;
Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um “exame de faixa”;
Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos;
Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;
Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;
Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;
Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;
Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;
Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;
Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);
Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a “Lei do Gérson” (coitado do Gérson);
Desculpem pelos secretários de esporte de “ocasião”, cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);
Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;
Desculpem por pensar em organizar “Olimpíadas” se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;
Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se “exilarem” no exterior caso pretendem se aprimorar no esporte;
Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum;
Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;
Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;
Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;
Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;
Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

Prof. Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho

Brasil com a 9° colocação em Pequim, 47 medalhas!


Terminou hoje os Jogos Paraolímpicos, e o Brasil se sustentou entre os 10 melhores países da competição, terminou em 9° lugar, a frente de grandes potências no esporte. Foram 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, somando um total de 47 medalhas.
Sem a menor dúvida o Brasil paraolímpico deu um show na China, mas um show para poucos interessados, para poucos espectadores, para poucos torcedores.
Mas esses poucos foram em nosso país, por que ao contrário do que foi visto nos Jogos Para-Pan (versão paraolímpica dos Jogos Pan-Americanos) do Rio de Janeiro e até mesmo dos últimos Jogos realizados na Grécia, havia milhares de chineses nos estádios, principalmente acompanhando as provas da natação e do atletismo (competições mais transmitidas pela nossa televisão – Sportv).
Em um país tão julgado pela sua falta de humanismo, os chineses foram os mais humanos anfitriões dos jogos paraolímpicos. Com direito a festas de abertura e encerramento incríveis (para aqueles que não viram, basta ver as fotos espalhadas pelos sites de informação hoje), de uma estrutura impressionante para todos os deficientes, e acima de tudo, por sorrisos sinceros.
Por que a verdade é que não aprendemos a lidar com os deficientes, não fomos ensinados na escola, não tivemos amiguinhos com algum problema de formação, por que estes temem o preconceito, e a discriminação pelos chamados normais.
Por causa dessa segregação temos dificuldades, sempre que nos deparamos com um ficamos totalmente sem ação, não sabemos nem como oferecer ajuda, caso este esteja necessitando. Sentimos logo de cara, pena, dó e não conseguimos ver a normalidade do ser humano, de seu espírito, de seu coração, que estes, apesar de um pouco mais sofridos que os nossos, são iguais.
Por isso que em outro texto citei que os Jogos Olímpicos deviam englobar os Jogos Paraolímpicos, afinal por que segregar? A idéia não é unir, socializar, os “marginalizados” deficientes físicos? Então por que ter um campeonato separado, um campeonato ou evento que se chame PARAolímpico, PARA de paralelo? De paralítico?
Essa aversão aos deficientes físicos deve deixar de existir o mais rápido possível, talvez um dos esportes no Brasil que tem mudado um pouco esse conceito é o REMO. Em São Paulo, dentro do campeonato paulista, já existem provas especiais para o chamado REMO ADAPTADO, assim, deficientes e não deficientes dividem as mesmas medalhas, as mesmas competições e os mesmos sentimentos. Afinal de contas, somos todos remadores, todos seres humanos.
Pena que por causa dessa segregação, nem um terço do Brasil vai ficar sabendo do que Daniel Dias fez na natação (com suas 9 medalhas), ninguém vai saber quem é Antonio Tenório e seus feitos (tetra-campeão olímpico de Judô), de Lucas Prado, imperador das pistas de atletismo (com 3 ouros) e tantos outros heróis, que deixaram na China seu suor e seu sangue por uma Pátria que ainda teima em ignorar-los.
Queria deixar aqui, registrado, um pedido de desculpas por não ter colocado mais informações sobre nossos atletas, infelizmente as Paraolimpíadas me pegaram em semanas difíceis de minha vida pessoal, entre estudos e treinos, mas quero ressaltar que não foram ignorados ou esquecidos, todos os 118 atletas fazem parte da história deste blog, e sem a menor dúvida da história do esporte brasileiro. Parabéns a todos, por não desistirem jamais...

Copa Pinheiros de Remo.


Nesse próximo final de semana, na raia olímpica da USP, o Esporte Clube Pinheiros estará promovendo um campeonato de proporções inéditas para o remo paulista.
Em uma alusão a um antigo campeonato chamado Fita Azul do Remo Brasileiro, que era promovido pelo Clube Espéria, o Pinheiros incrementou-o, transformando este antigo campeonato em algo muito mais moderno e com um nível altíssimo de competidores.
Esta nova versão da Fita Azul, organizada pelo Pinheiros foi batizada de COPA PINHEIROS DE REMO.
Neste campeonato apenas participarão remadores de Skiff’s, barcos individuais, em três categorias: Junior, Sênior Peso-leves e Sênior Absolutos (sem limite de peso). Em ambos os sexos. Porém todas as categorias competirão entre si, dessa forma serão conhecidos no final do campeonato os campeões gerais (de cada sexo) e os campeões de cada categoria.
Além disso, o Pinheiros oferecerá de forma inédita premiação em dinheiro para os três primeiros classificados no masculino e no feminino (sem diferença de valores) e mais prêmios para os vencedores de cada categoria.
A COPA PINHEIROS DE REMO iniciará nesta sexta, na raia olímpica da USP, a partir das 9 horas da manhã e continuara por todo o final de semana, tendo as finais no domingo, também começando as 9 horas da manhã.
A entrada é franca, e vale muito a pena assistir este campeonato que esta prometendo ser um divisor de águas do remo paulista e também, brasileiro.

Bronze (alegria e revolta) no REMO.


É difícil fazer história, ainda mais no esporte.
É difícil fazer notícia, ainda mais no esporte.
Então imaginem fazer história em um esporte paraolímpico, que por sua natureza, não é notícia.
Esse é o caso da primeira dupla brasileira a conquistar uma medalha olímpica no remo. Mereceram míseros décimos de segundo na rede Globo de televisão, e míseras linhas nos principais sites brasileiros.
Miserável é o esporte nacional, que não da a menor atenção ao que nossos atletas estão fazendo agora em Pequim, e sim, preocupam-se com Ronaldinho, Robinho (?) e outros jogadores da ridícula seleção brasileira de futebol.
Tá tudo bem, você deve estar afirmando que estou exagerando, posso até estar, mas tratando-se de paraolimpíadas poderiam estar passando muito mais informações sobre as conquistas brasileiras.
Sim, estou indignado, por que ao contrário das olimpíadas, os jogos paraolímpicos têm apenas 20 modalidades, é algo muito mais fácil de cobrir e o que vemos são apenas transmissões do Cubo d’Água e do Ninho de Pássaro, sendo que estão acontecendo um monte de outros eventos.
Em um desses “outros” eventos o Brasil fez história hoje, com Joseane Lima e Elton Santana, eles correram de forma magistral a final A do Double Skiff misto, na classe TA (apenas os braços e tronco se movimentam).
A dupla brasileira saiu na frente, e manteve-se na primeira posição até um pouco mais que a metade da prova, quando foi superado por outras duas embarcações, terminando assim com a INÉDITA 3° COLOCAÇÃO OLÍMPICA, 1° MEDALHA BRASILEIRA NO REMO!
Tenho toda a certeza que essa medalha não vai mudar nada no remo, afinal, mal foi divulgada, imagina então, se ela vai ser “contabilizada” na história do remo nacional? Mas torço para que essa medalha mude muito a vida desses dois remadores, e se tudo der certo, ajude a trazer mais investimentos para o remo adaptado, ESTREANTE nos Jogos Paraolímpicos.
Além da dupla brasileira, tivemos mais 3 barcos, entre eles, a atual campeã mundial no Single Skiff, Cláudia Santos conseguiu classificar-se para a Final A, mas sem ritmo de competição (já que não participou de nenhuma regata no ano (?)), acabou sendo superada por todas as rivais, terminando com a 6° colocação no geral.
Mesmo em um momento de pura alegria, conseguimos ficar indignados e tristes com o descaso da mídia com o esporte brasileiro. Mesmo com esse sentimento misturado de alegria e revolta, quero deixar claro, os meus PARABÉNS AOS REMADORES BRASILEIROS E AOS 1° MEDALHISTAS DA HISTÓRIA! PARABÉNS JOSEANE E ELTON!!!

O Brasil ocupa no momento a 7° colocação no quadro geral de medalhas, com 9 medalhas de ouro, 7 de prata e 10 de bronze, em um total de 26 medalhas!!!
Graças a meu amigão Zé Augusto, temos um video, do site do Terra, para aqueles que quiserem ver o desempenho da dupla brasileira... Obrigado Zé...
http://terratv.terra.com.br/paralimpicos/templates/ol_ondemand.aspx?contentId=210295

Eles merecem muito mais.


Sim, os Jogos Paraolímpicos, merecem destaque, merecem textos, merecem que eu consiga arrumar um espaço entre meus estudos e treinos, merecem até que este Blog volte a funcionar, mesmo que em marcha lenta.
Merecem por que é impressionante o que os Brasileiros estão fazendo em Pequim. Não estou falando da superação pessoal de cada atleta, da luta diária para “sobreviver” por conta de suas deficiências físicas e da negligência do estado brasileiro. Estou falando dos resultados, nas incríveis participações de cada um deles e da 5° colocação no quadro de medalhas!
Pensar que nossos atletas regulares, que não possuem problemas físicos, conseguiram apenas 3 medalhas douradas, enquanto em 3 dias de paraolimpíada já temos uma soma de 8 ouros! Pode-se dizer sem o menor pudor que somos uma potência paraolímpica, somos referência para o mundo.
O Brasil paraolímpico é assim, vencedor:
OUROS: Daniel Dias - 3 medalhas, André Brasil - 2 medalhas (Natação), Lucas Prado* (Atletismo), Dirceu Pinto (Bocha) e Antonio Tenório** (Judô).
PRATAS: Karla Cardoso, Deanne Silva (Judô), Terezinha Guilhermina (Atletismo) e Phelipe Rodrigues (Natação).
BRONZES: Michelle Ferreira, Daniele Silva (Judô), Eliseu Santos (Bocha) e Ádria Santos (Atletismo)
Destaquei dos atletas, por que estes, dentro de todos conseguiram um brilho extra em suas conquistas, Lucas Prado, pulverizou o recorde mundial na prova dos 100m rasos na categoria T11. E António Tenório, que conquistou sua 4° medalha de ouro em 4° olimpíadas consecutivas. Um feito incrível e digno de passeata em carro aberto pelas ruas do Brasil, hall da fama, entre outras tantas homenagens que lhe caberiam, agora vai saber o que vai ser feito para homenagear a este INCRÍVEL ATLETA!
Sim todos eles merecem mais destaque, principalmente da TV e dos Sites da internet, que prometeram a maior cobertura da história (pode até estar acontecendo), mas ainda está longe do ideal.
O Sportv, dentro de toda a sua dignidade em transmitir diversos eventos ao vivo de Pequim, tinha prometido manter os 5 canais que transmitiram as olimpíadas, mas não foi comprido, a verdade é que voltaram a ter apenas seus 2 canais regulares cheios de futebol, enquanto na ESPN, ainda não consegui ver nada sobre nossos brasileiros e suas conquistas, a Globo então, nem se fala...
Ainda sou partidário que os jogos olímpicos deviam englobar os jogos paraolímpicos, que fossem realizados juntos, (sem descriminação ou segregação) ao mesmo tempo, com dias intercalados (por exemplo), seria sim uma bela dor de cabeça em termos de logística e organização, mas seria muito mais humano e como não, olímpico.

Encerramento Olímpico


Infelizmente os Jogos acabaram. Meu deus, como passou rápido. Esperamos tanto tempo para ver nossos heróis em ação, mas esta ação dura apenas alguns dias. Sim, dias emocionantes, mas que se vão tão rápido como as corridas de Usain Bolt.
Nestes 16 dias, este blog funcionou a todo vapor, com atualizações diárias. Tentei trazer todas as informações possíveis sobre nossos brasileiros, mas sempre com um toque diferente.
Esse projeto chamado Blog Olímpico, começou a mais de um ano, quando ainda vivia em São Vicente, estava terminando minha 1° faculdade e estava entusiasmado novamente com o esporte. Lembro que havia acabado a pouco os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, e lá decidi criar um espaço para falar de nossos atletas e atletas do mundo, para que todos pudessem ter alcance a suas histórias.
Mas esse Blog não atingiu todos seus objetivos, em principal, de sua divulgação, o boca a boca não foi tão eficaz. Não queria colocar cartazes por ai, ou tentar divulgar de outras formas (mesmo tendo tentado algumas vezes), o mais importante para mim era que meus leitores levassem este blog o mais longe possível.
Não fomos tão longe, mas sei que fiz fieis leitores, leitores que nem conheço e que sempre estão deixando seus comentários e participando com suas opiniões.
Mesmo não tendo atingido tantos quanto gostaria, olho o blog hoje, a qualidade que consegui colocar nele e me sinto orgulhoso desse trabalho pioneiro em minha vida, afinal, não sou jornalista nem mesmo estudo tal disciplina, apenas sou um amante dos esportes olímpicos.
Olho para trás por que o futuro deste blog é incerto, a verdade que junto com cerimônia de encerramento, este blog, de certa forma, se despediu também. Fechou-se mais um ciclo olímpico e a verdade que Londres 2012 deve ser escrita de outra forma, se possível muito mais pessoal que esta.
Talvez sinta muita falta de ter um lugar para me expressar, por que nesse último ano, atualizar e escrever no Olímpico nunca foi uma obrigação e sim, um prazer enorme. Mas o como disse, o futuro é incerto.
Talvez ainda saia mais alguns textos, talvez algum criticando a ridícula postura do presidente do COB, Artur Nuzman, que distorceu todos os números brasileiros em Pequim para justificar uma suposta evolução no esporte, em vez de tentar procurar investir mais no mesmo.
Outro para falar do desempenho da China que conseguiu 51 ouros contra 36 dos norte-americanos.
Ou ainda, tenha gás para cobrir as Paraolimpíadas que começam daqui, 2 semanas, com a estréia do Remo Adaptado... Muitos heróis brasileiros estão lá, e já adianto que o Sportv terá a decência de transmitir (da mesma forma que transmitiu os Jogos agora), com 5 canais, os Jogos Paraolímpicos.
Mas se nada disso acontecer, gostaria de agradecer a todos que sempre me apoiaram com este projeto, que se conectaram sempre, que me concederam entrevistas, que dividiram todos esses momentos olímpicos comigo. Realmente muito obrigado, por que se não fossem por vocês este blog nunca teria existido.
Um grande abraço, um abraço olímpico em cada um de vocês.
Obrigado.
Matias Boledi...

Amarelonas, tem certeza?


Inacreditável como um time pode dar a volta por cima, como pessoas podem superar-se de um “trauma”, superar-se de críticas e pressões, e como podem derrubar estigmas de “amarelões”.
Inacreditável é fazer de um novo ciclo olímpico, o motivo de continuar respirando, de colocar um objetivo acima de qualquer outro.
Inacreditável é suar todos os dias, de sentir dor, de machucar as mãos, pés, costas, braços, todo o corpo, durante 4 anos.
Inacreditável é suportar derrotas e vitórias sem perder aquele foco inicial.
Inacreditável é depois de tudo conseguir calar a boca de muitos, de fazer-los lembrar de cada palavra dita, de cada sentimento exposto, de fazer-los mudar de idéia, e arrancar das mesmas bocas críticas, elogios.

Elas acreditaram muito, souberam lutar por cada bola, por cada segundo, por cada palavra dita após as olimpíadas de Atenas em 2004. Sim, naquele momento elas haviam perdido de forma terrível, culparam a todas, mas uma delas sofreu mais que todas juntas, seu nome, Mari, hoje a jogadora mais importante desse time.
Zé Roberto, técnico campeão olímpico em 1992, responsável há anos pela seleção feminina de vôlei, estava no comando a 4 anos atrás. Gênio do vôlei, sabe tudo, de táticas e técnicas, mas aos meus olhos sempre pecou em um quesito, este que o outro grande técnico brasileiro Bernardinho tem até demais, vibração.
O comandante aprendeu, mudou, continua o mesmo gênio (ou até mais), mas agora tem também a vibração tão necessária ao lado da quadra, pula e grita nos pontos, lógico que ninguém se compara ao (as vezes até teatral demais) Bernardinho, mas tornou-se importante, incentivando muito seu time.
Hoje, dia 23 de agosto a seleção “amarelona” venceu os EUA, por 3x1, e assim conquistou sua primeira medalha de ouro em olimpíadas, e como elas mereceram, uma por uma...
Mari, que tanto sofreu nos últimos anos, ganhou até o rotulo de amarelona, hoje em seu aniversário teve a redenção, em sua nova posição, simplesmente foi a melhor atacante (em termos de importância) da seleção em Pequim, que ponteira, que vibração, que determinação, que raça!
Fofão, levantadora reserva durante a vida toda, agora no final de sua carreira teve a oportunidade de mostrar tudo que aprendeu, comandou como ninguém essa seleção, levantou o Brasil para o ouro em Pequim.
Paula Pequeno e Sheilla, incrível atacantes, em meio de tanta força e talento, sobra espaço para os gritos de incentivo e momentos de extrema vibração, alavancam todas a cada ponto.
Que time, que união, o que dizer da pequena libero brasileira, Fabi, que raça, não existe bola perdida para ela pequena estrela brasileira. E de Fabiana e Walewska, implacáveis bloqueadoras e pontuadoras brasileiras, coitadas das americanas que dividiram a rede com elas.
Essa seleção é tão vitoriosa quanto à seleção masculina, porém sempre viveu as sobras dos homens, justamente pela falta da medalha dourada, agora não falta mais. Elas também são as melhores do mundo.
O Brasil é o maior de todos no voleibol. Somos os melhores do mundo, tanto na quadra como na areia, e ainda dizem por ai que somos o país do futebol, que eles continuem pensando assim, melhor para nós...

O Ouro mais merecido de Pequim.


A três dias do encerramento desta edição dos Jogos Olímpicos, o Brasil viveu seu melhor dia. Foram 4 medalhas, Bronze no futebol e no Vôlei de Praia (Ricardo e Emanuel), Prata também no vôlei de praia com (Fábio e Márcio) e OURO COM MAURREN MAGGI no salto em distância!
Foi hoje também que me emocionei pela primeira vez, claro que, com César Cielo fiquei louco de alegria, mas foi ela que me fez derrubar as primeiras lágrimas nestes Jogos (antes tarde do que nunca).
Quanta emoção reunida em uma só prova. Sinto dizer, mas quem não assistiu nesta manhã essa conquista, perdeu uma das mais importantes paginas da história esportiva brasileira, e também dos Jogos Olímpicos.
Maurren foi simplesmente a PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA A CONQUISTAR UMA MEDALHA DE OURO NOS JOGOS OLÍMPICOS e como se isso não bastasse quebrou um jejum de 24 anos que o hino nacional não era tocado por conta do atletismo.
O ouro veio logo no primeiro salto. Com 7m e 4 cm, ela se impôs na prova, passando toda a pressão por um resultado para sua principal adversária, a russa Tatyana Lebedeva, que marcou em seu primeiro salto, 6m e 97 cm.
Após a primeira rodada, o que se viu foi uma seqüência de erros e queimas por parte das principais adversárias, inclusive a brasileira. Nessas rodadas, a outra representante brasileira Keila Costa foi eliminada, uma pena por que vinha fazendo uma excelente competição.
Quando encerrou a 3° rodada, ficaram apenas as 8 melhores (das 12 iniciais) para realizar os últimos 3 saltos. Maurren como estava liderando, foi beneficiada tendo o último salto de cada round, logo após da russa.
A russa queimou o 4° e 5° salto, deixando para o 6° e último salto qualquer esperança de virada. Quando a russa se preparava para saltar, podia-se ver na feição da atleta européia a determinação de uma campeã, deu um enorme frio na barriga, então ela correu... saltou... e a marca que ficou na caixa de areia mostrava que tinha sido superior a 7m. Momentos de tensão, segundos longos, e o resultado, a russa saltou 7m e 03 cm... OURO PARA O BRASIL...
Maurren Maggi saiu em disparada, emocionada, pulava e pulava até chegar a seu treinador, deu-lhe um abraço emocionado, pegou uma bandeira brasileira e uma bandeirinha chinesa e foi a sua tão merecida volta olímpica.
Talvez tenha sido um dos resultados mais merecidos da história, por que essa atleta brasileira sofreu e passou por muitos maus bocados, principalmente quando foi afastada do atletismo por conta daquele tão estranho doping (por uma substância contida em um creme cicatrizante, usado após das depilações).
Ela chegou abandonar o esporte, disse que não competiria mais, resolveu que era o momento de ser mãe, e talvez com o nascimento de sua filha Sophia, segundo ela, seu tesouro mais precioso, tenha ganho novas energias para voltar as pistas e as caixas de areia.
Mas ela já não era aquela garota, aquela promessa brasileira, era mais uma e era vista assim. Dedicou-se e sonhou muito com uma medalha olímpica, ou melhor, sonhava com uma oportunidade de disputar uma final olímpica.
Hoje esse sonho se realizou e se pode ver-la vivendo intensamente cada instante, desde o final da prova até as notas tão emocionantes do hino brasileiro.
Imagino que minhas lágrimas não foram às únicas derramadas hoje, queria agradecer a você Maurren (apesar de saber que você nunca lerá isso) por me fazer acreditar na justiça do esporte e que os sonhos podem tornar-se realidade... Um belíssimo ouro para o Brasil... Parabéns Maurren!!!

Lágrimas prateadas.


Realmente não seriam estas as palavras ideais para o dia de hoje, estava precisando escrever coisas lindas, coisas felizes, talvez escrever sobre coisas douradas e não sobre injustiças pintadas de prata.
Gostaria no dia de hoje de vangloriar atletas, meninas e meninos dourados, que lutaram por toda sua vida, que comeram o pão que o diabo amassou durante anos, mas este não será esse dia. Infelizmente.
Gostaria de escrever aos comentaristas da televisão, aos profissionais competentes e aos muitos incompetentes, que se devem escolher melhor as palavras, que julgar ou procurar culpados pode ser mais que infantil, pode beirar o ridículo e também a falta de sentimento.
Gostaria de estar em campo para enxugar as lágrimas e lembrar-las que cada lágrima dessas derramadas teve uma história. Uma história daquelas que se vê em filmes, que se lê em livros, daquelas que parecem inventadas por um brilhante roteirista de Hollywood.
Gostaria de estar em campo para poder abraçar jogadora por jogadora, para mostrar a elas o quanto estamos orgulhosos por sua bravura, por sua dedicação e por sua dor. Uma dor que foi e será sempre compartilhada.
Gostaria de explicar a elas que o importante é estar lá, é nunca desistir de um sonho, claro que todos amamos a vitória, mas será que elas não ganharam nada? Será que mais um sonho dourado que acabou com um tom cinza lembrando a prata não vale de nada?
Dor, sofrimento, decepção...
Dor de ver tudo ali tão próximo, tão perto, mas ao mesmo tempo ficando cada vez mais longe...
Sofrimento de viver tudo de novo, de voltar para casa com a mesma insegurança da ida, de olhar-se no espelho e ver a cara triste da derrota...
Decepção de não conquistar um objetivo, tristeza inegável do segundo lugar, não que deva ser desvalorizado, mas por que esse 2° lugar já havia sido conquistado, dessa vez o jogo era para ser vencido...
Uma seleção digna da camisa amarela... Atletas de verdade, que treinam por vontade própria e por amor a bola... Uma seleção que fez com que os brasileiros re-descobrissem o tão amado futebol... Seleção que me fez torcer e assistir-las... Que me fez acreditar...
Uma seleção que ainda tem um longo caminho pela frente... Uma seleção que coleciona momentos emocionantes e que esta a muito tempo entre as melhores do mundo... Uma seleção especial... Uma das últimas que ainda colocam os corações em suas chuteiras...
Lágrimas prateadas, lágrimas de verdadeiras amantes da bola e do Brasil... Lágrimas de campeãs...

O raio Jamaicano


Arrogante, performático, “show man”? Ele tem tudo isso junto, aliado com uma velocidade incrível, Usain Bolt iluminou mais uma vez o “Ninho de Pássaro” como um raio. Primeiro foi na disputa dos 100m rasos, onde o Jamaicano fez (literalmente) pouco caso de seus adversários, quando resolveu desacelerar nos últimos 20m da prova.
Para muitos, a superioridade dele foi incrível, correu abaixo do recorde mundial que pertencia a ele mesmo sem grande esforço. Todos se perguntavam após os 100m o que ele realmente podia fazer, que tempo ele poderia bater se corresse até o final.
Bom essa resposta foi respondida na prova dos 200m rasos, prova que é a especialidade do raio jamaicano. Com a 5° reação no bloco de partida (tempo medido pela resposta do atleta após o tiro de largada), Bolt disparou ainda dentro da curva.
Correu, correu, correu e desta vez ele não diminuiu, foi até o final, fazendo força como todos os outros adversários. Cruzou a linha de chegada com uma distância histórica, e mais uma vez quebrou o recorde mundial.
19.30 segundos! Esse é o novo recorde mundial da prova dos 200m rasos. O recorde pertencia a Michael Johnson, o incrível e herói americano que tinha como marca o tempo de 19.32 seg.
Bolt entrou definitivamente na história do atletismo e dos Jogos Olímpicos. Ele se igualou a Carl Lewis por vencer os 100 e 200m rasos em uma única olimpíada, porém com um tempero extra, com 2 quebras de recorde mundial.
O Jamaicano ainda vai disputar seu 3° ouro em Pequim, no revezamento 4x100m, mas esse talvez seja o mais garantido ouro desta edição dos Jogos. Uma vitória nessa prova e os jamaicanos colocaram os norte-americanos em uma sinuca incrível, escancarando ao mundo uma crise no atletismo dos EUA.
O Brasil tem chances, sempre tradicional nessa prova, quem sabe vem uma medalha de bronze por ai, mas o que realmente vai chamar a atenção do mundo, será ver o tempo que a equipe de Asafa Powel e Usain Bolt vão fazer.

11° Dia.


Continua a fatídica busca dos EUA aos chineses. E parece que o atletismo pela primeira vez não salvará os norte-americanos, afinal foram disputadas até ontem 23 finais na modalidade, onde os EUA faturaram apenas 3 ouros.
Mas a China teve uma grande derrota nas pistas, ou melhor, uma desistência que marcou a modalidade nesses Jogos. Liu Xiang ERA a maior esperança nas pistas do país anfitrião. Mas uma estranha contusão acabou com o sonho do chinês e de outros tantos no estádio “Ninho de Pássaro”.
Como deve ser para um atleta ter que carregar um país nas costas? Nessa edição dos jogos foi onde mais escutei atletas pedindo desculpas ao PAÍS! Diego Hipólito foi um deles, que chorou ao cair na prova de solo, talvez a maior fatalidade dos jogos até o momento para nossa nação.
Mas até ai, pedir desculpas ao país? Um país que não apóia seus “filhos” atletas, que não lhes da à estrutura adequada? Sinceramente, os atletas procuram nesses momentos difíceis apelar ao sentimento dos brasileiros, em quanto deviam cobrar por melhores estruturas. Caso claro foi o do judoca Eduardo Santos, que comoveu o país ao pedir desculpas a seus pais e mais uma vez ao Brasil. Brasil que lhe deu fome e miséria, que não lhe deu dinheiro suficiente para pagar o exame para a faixa preta e por causa disso teve que esperar 7 anos lutando com a faixa marrom.
Liu Xiang passou por isso, mas na China existem algumas diferenças, a principal que não são 190 milhões de pessoas, são 1,3 bilhões torcendo e cobrando por um resultado nas pistas. Xiang é literalmente propriedade do governo Chinês (toda a grana que ele ganha é propriedade do governo que lhe paga um salário justo a sua sobrevivência), é o garoto propaganda dos jogos e era a esperança do presidente para mostrar ao mundo que a China pode realizar qualquer feito. “Se ele não vencer nada disso (Jogos Olímpicos) valerá a pena”, palavras do presidente chinês antes do início dos jogos. Como competir assim?

Xiang, machucado ou não, abriu o bico, não agüentou a pressão e desistiu mesmo sem competir, fatídica derrota de um atleta, que teve que montar todo um teatrinho para justificar sua desistência, agora me pergunto, com aperto no peito, O QUE SERÁ DELE?
Pressão. Essa tem sido a palavra desses jogos. Todos sofrem pressões, mas os campeões são forjados no mais duro aço para suportar essas pressões, aqueles que não a suportam tornam-se meros participantes.
Está edição dos Jogos esta sendo das zebras, já que todos os campeões mundiais estão apanhando feio em Pequim. Pelo Brasil, os judocas, pelos EUA, os velocistas, até a incrível portuguesa do salto em distância não se classificou para a final!? Dá para acreditar? Bom para nós, com a determinada Mauren Maggi.
Agora, podem dizer o que quiserem nada me tira da cabeça a infantilidade de Fabiana Murrer, uma atleta jovem e de incrível potencial, que simplesmente perdeu sua medalha por que “perderam” sua vara principal. Pesquisei, me informei, e tive que concordar que cada vara é diferente, que as varas são feitas com diferentes resistências para diferentes alturas, por isso que a vara desaparecida era tão importante.
Erro da organização? Sem a menor dúvida. Então você ai deve estar se perguntando por que coloco a responsabilidade na atleta brasileira, bom te explico. A primeira lição que se aprende no esporte é ter responsabilidade e CUIDADO com seu material. Nunca se deve deixar seu material em responsabilidade de outras pessoas, ainda mais pessoas estranhas.
A primeira coisa que Fabiana devia ter feito, como processo rotineiro era ANTES DO INÍCIO da competição CONFERIR seu material. Ai ela teria alguma chance de postergar a competição, por que depois do início, seria muito mais complicado de parar tudo por causa de uma vara (independente de quem era o erro).
Outro problema é que no atletismo o técnico fica isolado, e a atleta (o) tem que resolver tudo sozinho, isso acabou com Fabiana, acabou com sua motivação e com sua capacidade de procurar outras soluções, como pedir uma vara emprestada para a sua amiga Yelena Isinbayeva, "Não fiquei sabendo dos problemas dela, mas se ela tivesse me pedido ajuda, eu teria feito o que pudesse para ajudá-la. Ela é uma boa amiga", afirmou a russa.
Os brasileiros continuam lutando saiu a primeira medalha para a vela feminina, com as “piratas” brasileira, que roubaram a cena e o bronze, que alegria! O vôlei de praia masculino continua forte, apesar de que agora alguém vai cair, já que nossas duplas se enfrentam nas semifinais. No feminino, Ana Paula e Larissa deram adeus às competições na China, perderam para a fortíssima dupla americana que depois derrotou a outra dupla brasileira de Talita e Renata na fase seguinte.
Os Jogos Olímpicos de Pequim começam a chegar a sua fase final, tomara que a sorte dos brasileiros mude um pouco, que outros ouros venham, ou pratas, ou bronzes, ou até mesmo, BONS RESULTADOS, que esses fatídicos erros, pressões fiquem para atrás, e que os atletas possam mostrar um pouco do que são feitos, e mostrar tudo que fizeram para chegar até a China. Sorte a eles...
Obs: O FUTEBOL MASCULINO TOMOU UMA SURRA DA ARGENTINA, mostrando ao mundo mais uma vez a “carinha” triste dos milionários jogadores brasileiros, que sempre pipocam nas decisões. Que bom que o Brasil perdeu. Que bom que o Brasil perdeu para seu maior rival. Como torci contra a conquista do 1° ouro no futebol, por que um ouro futebolístico (no masculino) apagaria todos os outros atletas, ou você acha que o ouro de César Cielo continuaria tão falado (como agora), se o Brasil vencesse no futebol?

É OURO... É OURO... O PRIMEIRO DO BRASIL NA CHINA!


CESAR CIELO É SIMPLESMENTE O MAIS RÁPIDO DO MUNDO HOJE!!!!!!
Cesão como é chamado pelo seu pai venceu hoje de forma extraordinária a prova dos 50m livres com direito a novo recorde olímpico da prova.
O primeiro ouro da natação brasileira pertence ao seu mais humilde filho. Que vibrou muito após de ver seu nome no placar eletrônico do cubo d’ água:
“Não tem sensação melhor olhar o número 1 na frente do seu nome. Se eu tivesse que voltar no tempo e mudar alguma coisa, não mudaria nada para chegar aqui. Agora sou um campeão olímpico. Acredito que tudo é possível. Com muita determinação, muito trabalho, tudo vale a pena quando você acredita” – comentou logo após de sair da piscina em entrevista à Rede Globo
Depois de sair emocionadíssimo da piscina, César ainda parecia perdido, não sabia para onde ir. Tinha que se trocar para receber a medalha, tinha um protocolo a seguir. Como deve ser difícil ter que seguir regras em um momento onde estas parecem desaparecer em meio de tanta emoção.
Após alguns minutos, que pareceram horas diante da televisão, lá estava ele, agora vestindo o agasalho da seleção brasileira, do Brasil. Era o verde e amarelo em meio do branco e azul dos franceses Amaury e Alan Bernard (prata e bronze respectivamente). Este último, o tanque francês, estava com um sorriso aberto, sorriso sincero de felicidade em ver o colega brasileiro no lugar mais alto, ato digno de um grande campeão.
Era hora do hino, o momento mais sagrado para um atleta, ver a bandeira brasileira subindo ao som do mais belo hino do mundo. O nosso campeão não resistiu muito tempo (mesmo com uma edição estranha do hino brasileiro) e começou a chorar, mas esse choro se transformou em uma total comoção, onde as lágrimas caiam descontroladas.
Alan Bernard logo o abraçou, durante o hino, O CUBO D’ ÁGUA O OVACIONOU, aplaudiam tanto que mal se escutava o hino, e cada vez mais o brasileiro chorava. Como disse antes, existe todo um protocolo de premiação e este, estava a um triz de ser quebrado.
Cielo seguiu pelo caminho que passa em volta da piscina, caminho oficial, onde os fotógrafos esperam os campeões. Ele já estava se recuperando, ainda com os olhos vermelhos, mas ao ver sua mãe aos prantos, caiu novamente nas lágrimas quando entregou o buque de rosas chinesas à mãe, maior incentivadora do nadador ao lado de seu pai.
Seguiu caminhando, mas já estava novamente perdido, não sabia para onde ir, estava tendo nitidamente um conflito de emoções, queria gritar, queria chorar, queria comemorar, queria abraçar sua família que tanto tinha saudades... Então o campeão resolveu voltar, pegou uma bandeira do Brasil e saiu pulando em volta da piscina...
Lembram que comentei que o protocolo estava por um triz? Bom ele foi destruído quando a equipe inteira da natação brasileira invadiu a área da piscina, com bandeiras e máquinas fotográficas, fizeram a festa com o choroso campeão. Todos um por um o abraçaram marcando ainda mais esse dia tão especial.
Tenho certeza que dias assim devem ser maravilhosos, ver a bandeira do Brasil subir e ouvir o hino nacional são para poucos e são menos ainda aqueles que se emocionam verdadeiramente como o Cesão se emocionou...
Parabéns ao melhor e mais humilde nadador brasileiro...

7° Dia.

Remo:
Nesta madrugada, Anderson Nocetti e Fabiana Beltrame encerraram suas participações nesta edição dos Jogos Olímpicos.
Anderson competiu à final C, chegando na 2° posição, o que lhe garantiu um 14° lugar. Nas duas últimas olimpíadas, o catarinense ficou com a 13° colocação.
Já a remadora brasileira, que fez história a tornar-se em 2004 a primeira remadora olímpica do país, piorou seu resultado. Em Atenas a Fabiana ficou com a 14° colocação e desta fez ela fechou com na 19° colocação. O resultado veio após vencer a Final D.
Porém a participação dos brasileiros ainda não terminou, neste sábado, será a vez dos doubles peso-leves do Brasil, voltar à água. Tiago Gomes e Tiago Almeida conseguiram a classificação para disputar a Final C.
Já Luciana e Camila ainda aguardam a chamada para a semifinal que definira a Final que irão correr (Final C ou D).

Futebol:
Em um jogo que tinha tudo para ser tranqüilo, a seleção feminina fez todos sofrerem e ficarem ansiosos pelo final do jogo. Contra a Noruega, o time feminino do Brasil começou dominando a partida, sempre no comando do jogo. Com 2 a 0 no placar tudo parecia tranqüilo.
Parecia, por que no final do jogo a goleira brasileira cometeu um falta, dentro da área, PÊNALTI para a Noruega que não desperdiçou.
Com 2 a 1 no placar o jogo tornou-se dramático. A Noruega no ataque o tempo todo, ainda bem que faltava pouco para acabar a partida.
Vitória Brasileira!!! Agora as meninas vão enfrentar a Alemanha nas quartas de final. Jogão pela frente!


Vôlei:
As duplas femininas do vôlei de praia Ana Paula e Larissa e Talita e Renata, conseguiram hoje as respectivas classificações para as quartas de final.
Ana Paula e Larissa, voltaram a jogar bem e não deram chances para a dupla alemã. O grande problema é que nas quartas de final as brasileiras vão enfrentar nada menos que a atual dupla campeã olímpica, as americanas Misty May-Treanor e Kerri Walsh.
Já Talita e Renata tiveram um jogo bem mais complicado, vencendo por 2 a 1 a dupla norueguesa. Em um jogo que aparentava estar perdido, as brasileiras mostraram muita raça, virando a partida e garantindo a vaga na próxima fase. A dupla brasileira irá enfrentar uma dupla australiana.


Ginástica:
Jade Barbosa e Ana Cláudia, disputaram nesta madrugada as finais individuais gerais. Porém as meninas brasileiras não foram tão bem quanto se esperavam, mas mesmo assim fizeram uma ótima apresentação.
Jade foi muito bem nos aparelhos que tem mais dificuldade (trave e nas barras assimétricas) o que a deixou no final da segunda rodada na 7° colocação, mas ai veio os erros, justamente nos seus melhores aparelhos. Com quedas no solo e também no salto sobre a mesa, Jade acabou ficando com a 10° colocação geral. Ana Cláudia ficou com a 22° colocação.
Jade fez história a tornar-se a melhor ginasta brasileira na prova geral, já que antes dela, Danielle Hipólito tinha ficado com a 12° colocação em Atenas-04.
Ainda teremos (neste domingo) as disputas das finais individuais por aparelho, onde Diego Hipólito no solo, Jade Barbosa no salto e Daiane dos Santos no solo, lutaram pela primeira medalha olímpica na história da ginástica brasileira.

Basquete:
Realmente este não é o ano do basquete brasileiro. Depois da equipe masculina não conseguir a vaga para os Jogos, vimos nesta manha a seleção feminina dar adeus a fase final do torneio olímpico.
Sem ter mais chances matemáticas de classificação, as meninas farão o jogo de despedida contra a Bielorússia.
Nesta manha as brasileiras comandadas pelo corajoso técnico Paulo Bassul perderam seu 4° jogo de 4 disputados. Desta vez a equipe vilã foi a Rússia.
Em um jogo bem disputado, as brasileiras comandaram o placar até o 3 quarto de partida, onde ainda tinham uma vantagem de 2 pontos sobre as russas. Mas no último quarto as russas desencantaram e as brasileiras se desesperaram, resultado, 74 a 64 para as russas.
O Brasil nitidamente perdia muito volume de jogo com as substituições, mas como o próprio técnico brasileiro disse em entrevista a rádio Bandeirantes, é impossível manter o tempo todo o mesmo time jogando, sem matar-las.
Isso aconteceu literalmente com a armadora Adrianinha, que até o final do 3° quarto estava em quadra há 28 minutos (cada quarto de partida tem 10 minutos). Sendo a principal jogadora do Brasil, Adrianinha fez o que pode para ajudar o Brasil, mas infelizmente ela cansou (obvio) e o resto do time não teve condições de suportar a forte seleção russa.
Dessa forma a seleção brasileira se despede de forma triste do torneio, com bons jogos, duros e disputados, mas sem nenhuma vitória.

Atletismo:
Finalmente começou a “parte” mais esperada dos jogos, o atletismo, e que show de imagens e corridas espetaculares.
Ainda estamos em fase de eliminatórias e semifinais, mas já deu para sentir o que vem por ai. Nos 100m metros rasos, os brasileiros começaram bem, mas não suportaram o nível das competições, com vários corredores vindo a baixo da casa dos 10 segundos.
Mas ainda temos um representante na prova dos 400m com barreiras, o Goiano meio japonês (já que vive no país do sol nascente há 16 anos) Mahau Suguimati. Com o tempo de 49s45 ficou com a terceira colocação em sua chave, indo para as semifinais da competição.

Natação:
Desculpem-me a notícia atrasada, mas na realidade ontem me passou desapercebida uma competição que não poderia esquecer jamais.
Acreditava que a prova dos 200m medley ainda não havia acontecido, e para minha surpresa ao procurar uma foto para ilustrar a matéria incial de hoje, vi uma foto de Phelps com sua 6° medalha de ouro. Espantei-me, vi sobre o que era, e lá estava a prova que eu achava que ainda não havia acontecido.
Bom, essa era a prova mais forte de Tiago Pereira, seu objetivo era brigar por uma medalha, a mais provável era o bronze, e passou muito perto de conseguir. Tiago ficou com o 4° lugar, ficando a menos de 2 segundos do bronze.
Mesmo a mídia tendo colocado como uma “decepção” ou um “amargo” 4° lugar, Tiago fez o que era possível e para os entendedores do esporte, fez o que lhe era cabível. Um grandioso 4° lugar, melhorando em 1 posição seu resultado de Atenas.
"Não estou conseguindo nem ficar em pé (...) estou satisfeito com meus resultados. Me esforcei bastante e dei o melhor de mim. Valeu esse quarto lugar." Respondeu o brasileiro quando questionado sobre a 4° colocação.
Tiago foi alvo dos holofotes e de forte pressão da mídia. Aproveitou-se de tudo isso, fez “fama” e ganhou patrocínios e protagonizou diversas propagandas. O mesmo aconteceu com Daiane em Atenas. Talvez esse excesso de euforia sobre o atleta tenha atrapalhado um pouco, mas mesmo assim o recordista brasileiro em medalhas pan-americanas na natação, fez uma ótima olimpíada.

6° Dia.

Vôlei:
Prestem atenção, essa notícia não esta equivocada, a seleção masculina de vôlei perdeu para a Rússia nesta madrugada por 3 sets a 1.
O Brasil começou jogando muito bem, vencendo o primeiro set, mas depois disso o Brasil se PERDEU em quadra, uma situação diferente aos olhos dos fanáticos brasileiros. Descontrolados os jogadores discutiram muito com os árbitros que deram um show a parte. Um show pavoroso de erros contra o Brasil.
Mas independente dos erros de arbitragem o Brasil jogou mal, deu para os russos mais de 30 pontos de erros, situação incomum para o time brasileiro. Outra preocupação é com o nosso principal jogador, Giba que esta fora de ritmo e ainda esta sendo poupado por conta de uma tendinite no ombro.
Assustados? Com certeza, esta complicada a situação brasileira, não pela derrota em si, mas pelo jogo ruim que os brasileiros vêm apresentando. Claro que não são todos os jogos, mas esses altos e baixos podem custar muito caro para quem deseja repetir o feito de Atenas.
O próximo jogo do Brasil será contra a forte seleção Polonesa, repetindo assim a final do último campeonato mundial, talvez seja a partida perfeita para o Brasil mandar um recado ao mundo, algo do tipo: NÃO ESTAMOS MORTOS!

Natação:
Além do bronze de Cesar Cielo e da classificação para as semifinais dos 50m livres (matéria especial a baixo), outro brasileiro que se destacou nesta madrugada foi Tiago Pereira que se classificou para a final nos 200m medley, sua prova mais forte.
Tiago se classificou com o 3° melhor tempo das series de semifinal, ficando atrás de Michael Phelps e de seu compatriota Ryan Lochte.
A final será disputada nesta noite.

Tênis:
Realmente o Suíço Roger Federer esta em má fase. Ele foi eliminado de forma prematura do torneio olímpico, pelo americano James Blake, freguês do suíço no circuito mundial.
Desta forma o ex-número 1 do mundo vê seu principal rival, Rafael Nadal (que continua vivo no torneio) cada vez mais longe.
O resultado do jogo foi: 2x0 (6-4 e 7-6).

Ginástica:
O veterano Wei Yang venceu ontem de forma ESPETACULAR a competição individual geral da Ginástica para delírio do ginásio chinês.
Com 28 anos Yang foi o melhor em 3 aparelhos, conquistando uma incrível soma de 94.575, abrindo uma diferença de quase 4 pontos para o 2° colocado, o Japonês Kohei Uchimura.
O Chinês já conquistou duas medalhas de ouro nestes jogos (individual geral e por equipes, onde foi o principal ginasta chinês) e ainda está cotado como favorito para 2 finais individuais das 3 que ira disputar.

Judô:
O Brasil encerrou hoje sua ótima campanha, mas infelizmente o último dia será marcado por ser o mais triste de todos.
Triste não só pela eliminação prematura de Luciano Correa que deu adeus muito rápido as chances de medalha, mesmo tendo chegado como favorito por ser o atual campão mundial.
Triste por que a maior lutadora de todos os tempos do Brasil (talvez não em resultados, mas em história de vida e superação), Edinanci Silva não conseguiu seu principal objetivo.
Edinanci “bateu” na trave em 3 olimpíadas, Atlanta-96, Sidney-00 e Atenas-04. Desta vez “bateu” em todas as traves possíveis. A brasileira nunca tinha conseguido passar de um 7° lugar em Jogos Olímpicos, mas desta vez, ela conseguiu vencer todas as lutas da repescagem e estava credenciada para lutar pelo bronze.
Talvez em uma mistura de nervosismo, alegria e ansiedade tenham distraído a brasileira que simplesmente vacilou e deixou sua adversária, a sul-coreana Gyeongmi Jeong aplicar-lhe um golpe que acabou levando a sua imobilização. E assim o bronze se foi.
Veteraníssima a Brasileira provavelmente se despedira dos tatames e o fará sem sua tão sonhada medalha olímpica. Edinanci foi à precursora do judô feminino e lutou sua vida toda para ser aceita como mulher (possuía uma má formação, ambos os sexos desenvolvidos, que foi resolvido com uma cirurgia em 1996, semanas antes dos jogos de Atlanta) e como judoca.
Mesmo com a derrota e o 5° lugar (melhor resultado de sua vida) fica aqui expressa toda a gratidão que o Brasil e o Judô tem por essa incrível e raçuda atleta, Parabéns Edinanci!

Incrível Cielão


Sorriso moleque desse HÉROI brasileiro que ainda têm apenas 21 anos de idade é contagiante. Nascido no interior de São Paulo resolveu que a natação era seu mundo e foi treinar entre os melhores, fora do país.
Hoje Cesar Cielo Filho mora nos EUA, no estado do Texas, onde faz faculdade e treina muito. Todo esse treinamento se viu ontem na prova dos 100m Livre.
Mas antes de continuar, queria fazer uma ressalva. Este Blog, assim como meu professor de colégio, o Zé (fanático por esportes), “profetizaram” juntos este resultado!
Continuando, Cesar estava com o 8° tempo de classificação e por conta disso competiu na raia número 8, considerada ruim por muitos. Mas para o Brasil essa raia pode ser mágica. Pelo menos foi mágica para Fernando Scherer em Atlanta-96, quando conseguiu o Bronze nos 50m livres na mesma raia.
Scherer e Cielo são parceiros de trabalho, um nada e o outro, organiza sua vida. Essa parceria já vinha dando alguns frutos, mas agora deu um resultado histórico para a natação brasileira. Uma medalha de bronze na prova dos 100m livres.
Cesar nadou como gente grande, viu uma oportunidade de conquistar uma medalha e foi buscar-la. Para aqueles que não acompanharam sua caminhada a olimpíada, Cesar não é especialista nesta prova. Sua principal competição é a prova de velocidade dos 50m livres.
Os 100m eram uma complementação, um “aquecimento” de luxo para sua principal prova. Que inclusive disputou hoje as eliminatórias, onde classificou para as semifinais com o 2° melhor tempo, conseguindo o recorde olímpico, mas esse foi batido logo em seguida em 1 centésimo de segundo.
Cesar esta super focado para a sua prova, e já avisou: vai nadar para o Ouro. E todos nós, sem a menor dúvida, vamos juntos, braçada a braçada, torcendo por esse feito histórico!
Boa Cielo! Esse Bronze vale OURO!!!

O Maior de todos.


Devo confessar que segundos antes da prova estava nervoso, como se estivesse torcendo por um amigo, ou para um brasileiro. Tamanha é a minha admiração por esse atleta que estou abrindo mão das minhas sagradas horas de sonho (que são poucas) para escrever este texto.
Hoje Michael Phelps, 23 anos, tornou-se o maior campeão olímpico da história. Com mais uma quebra de recorde mundial, o americano venceu sua 4° prova na China, os 200m borboleta e conquistou sua 10° medalha de ouro em olimpíadas.
Nadou com maestria como sempre, mas desta vez ao terminar a prova, estava com a cara amarrada, preocupado com alguma coisa, talvez o óculos estivesse lhe incomodando (já que o arrancou rapidamente após a prova e levou a mão aos olhos), talvez o ar estivesse pesado, talvez não estivesse satisfeito consigo mesmo.
A verdade que sua cara brava ficara marcada para história. Mas todos os grandes campeões sabem o momento de vibrar, de chorar e de ficarem insatisfeitos, mesmo quando para nós mortais isso seria impossível.
O grande motivo para a insatisfação do americano deve ser por que não nadou como queria, mesmo batendo o recorde mundial, ele queria mais, queria deixar claro que nos 100m borboleta (última e mais complicada prova de seu extenso programa olímpico) ele vai estar com tudo.
Mas independentemente disso, Phelps é sobre-humano, é uma maquina!
O trabalho, a preparação, os treinamentos, os dias e noites dedicados a natação estão valendo a pena, e só de pensar que ele tem a minha idade, pensar que ainda tem pela frente (facilmente) mais 2 olimpíadas, me pergunto, ATÉ ONDE ELE PODE IR?
Ah, quero fazer outro comentário, desculpem-me os INSUPORTÁVEIS jornalistas que ainda insistem em comparar Mark Spitz com o fenômeno olímpico, mas Spitz virou história hoje!
10 ouros e 2 bronzes essa é o currículo olímpico de Phelps! Alguém ai se propõe a parar o torpedo americano?
OBS: (15:35): Durante a madrugada o americano conquistou sua 4° medalha de ouro, no revezamento 4x200m livre. Ele abriu o revezamento (foi o 1° a entrar na água) e entregou para seu companheiro com um corpo e meio de vantagem sobre a linha do recorde mundial. Ficou fácil para o resto da equipe, os EUA fecharam quase 4 segundos abaixo do recorde mundial da prova.

4° Dia.

Remo:
Outro dia ruim para o remo brasileiro, depois da desclassificação de Anderson e Fabiana que vão lutar para uma final C agora foi à vez dos dois doubles brasileiros caírem nas repescagens.
Tanto os homens quanto as mulheres caíram nas repescagens, indo agora para as semifinais C/D que possibilita como melhor resultado um 13° lugar.

Natação:
PHELPS é incrível! Ontem enquanto assistia sua prova nos 200m livres já começava a imaginar sobre o que escreveria aqui hoje, e está cada vez mais difícil. Não por ser repetitivo dizer que ele ganhou um ouro com quebra de recorde mundial, mas por que estou cada vez mais fã deste americano.
Phelps conseguiu sua 3° medalha nos 200m livres ontem e mais uma vez vibrou e se emocionou durante o hino americano, mostrando como realmente ele se dedicou a essa olimpíada.
Além de Phelps gostaria de destacar dois nadadores. O Japonês Kosuke Kitajima que tornou-se Bi-campeão olímpico na prova dos 100m peito, primeiro nadador a conseguir tal feito nesta prova. O outro nadador é o Coreano de sobre nome Park, que deu a primeira medalha de ouro na natação a seu país na história e ontem nos 200m livre conseguiu mais uma medalha de prata, fechando atrás de Phelps.
Os brasileiros foram bem, Cesar Cielo classificou-se para a final nos 100m livre que acontecera nesta madrugada, assim como Kaio Márcio que irá disputar a final nos 200m borboleta.

Futebol:
As meninas estão JOGANDO muito, como é gostoso ver-las jogar, simplesmente por que não tem a marra dos homens, jogam de coração. E o coração de Cristiane levou o Brasil a classificação para a próxima fase após de marcar 3 golaços contra a Nigéria.
Parabéns a essas meninas que lutam por suas vidas em uma olimpíada que pode ser marcada pela garra e beleza de suas vitórias.

Vôlei:
A Seleção de Bernardinho teve ontem seu primeiro real teste para o bicampeonato olímpico. Depois de passear sobre o Egito, o Brasil tinha pela frente os Sérvios, que prometiam complicar a partida.
Com o primeiro set perdido, a equipe brasileira reagiu e começou a jogar aquele voleibol que estamos acostumados a ver, mesmo sem o atacante Giba que foi poupado por dores no ombro.
O Brasil fechou a partida com 3x1 sobre os Sérvios e agora tem como próximo adversário a forte seleção Russa que roubou a medalha de bronze no mês passado na Liga Mundial em pleno Maracanãzinho.

Esgrima:
Acabou na noite de ontem o sonho do esgrimista Renzo Agresto nestes jogos olímpicos. Em uma luta bem disputada e marcada por discussões com o arbitro, o brasileiro perdeu a disputa para o cabeça de chave, o italiano (potência no esporte) Luigi Tarantino que já é um veterano olímpico.
Renzo já vinha fazendo história, já que para classificar-se para os Jogos não precisou participar do Pré-Olímpico por ter conquistado a vaga graças a sua posição no ranking internacional.

Basquete:
seleção Argentina recuperou-se no torneio olímpico ao derrotar a seleção australiana. Com um SHOW de Ginobili e Scola, a seleção argentina não deu chance aos Ausse’s.
Agora a equipe argentina pega a Rússia e precisa da vitória para conseguir a classificação em uma boa colocação em seu grupo, para fugir de um encontro prematuro com a seleção americana.