
Chegamos à cidade do Tigre na terça feira dia 24 de junho no final da tarde. Fomos (eu e meu treinador, Acácio) recebidos por um remador Master e membro do comitê organizador da regata, chamado Gabriel. Sujeito muito bacana, que nos ajudou muito durante nossa estadia na Argentina.
Fizemos um pequeno tour pela cidade, paramos para comer e às 20 horas caímos na cama, exauridos pela viagem, no alojamento de um clube chamado Hacoaj, no Tigre. Um clube de origem judaica que é simplesmente enorme.
Acordamos no dia seguinte, cedo, com grande disposição, conhecemos o clube e também o barco que eu iria usar na competição que iniciaria no sábado. Era um bom barco, de marca argentina, similar com o que eu uso aqui no Brasil.
Logo fui treinar e conhecer a raia de competição, a Raia Nacional de Remo*, para chegar até ela, tinha que remar por um canal estreito, cheio de curvas e árvores caídas, deu trabalho para se acostumar, mas depois de alguns dias, já estava mais fácil a locomoção pelo riozinho.
A água da raia, provavelmente pela quantidade de sujeira e poluição era muito densa, sendo então muito “pesado” para remar, o que me custou acostumar. Tivemos que usar uma regulagem diferente no barco, para deixar mais leve cada remada.
Os dias foram passando e a competição se aproximando e finalmente o sábado chegou. Dia de eliminatória e repescagem. Estava fazendo muito frio, cerca de 5 graus no sábado de manhã. Minha eliminatória estava marcada para as 11 e 20, mas com uma forte neblina, a previsão era de atraso.
Fiz minha pesagem as 9 da manhã e fiquei aguardando a confirmação da prova. Em um problema absurdo de organização, ninguém foi avisado que a prova se mantinha em horário (apesar da forte neblina), e por pouco não perdemos a hora. Com o corpo completamente frio, sem o aquecimento adequado, acabei optando por uma estratégia de competição que consistia em simplesmente me guardar para a repescagem (evitando assim riscos de me machucar – lesionar).
Já na repescagem o cenário era completamente diferente, o sol tinha aparecido e estava mais quente. Cerca de duas horas depois da eliminatória entrei na água. Bem aquecido e determinado a me classificar (passavam a final apenas os 2 primeiros) a final, fiz a minha melhor apresentação do ano, realizando um ótimo tempo e fechando apenas meio barco atrás do primeiro colocado. Com o 2° lugar garanti a classificação para a final.
Domingo, dia de final e outra manha de frio e névoa que desta vez atrasou a regata em 2 horas. Minha prova estava marcada para as 15:00 horas, mas foi realizada cerca de uma hora e quarenta minutos depois.
Era uma linda tarde com sol e tempo bom. Sem vento a água estava em condições perfeitas de competição (exceto pela quantidade de lixo que tinha na água).
Estava na raia 6, raia do canto. Ao meu lado, tinha ótimos remadores argentinos e um remador uruguaio. De todos os remadores presentes nessa final havia 3 remadores de seleção (2 argentinos e o uruguaio).
A prova prometia ser muito difícil, como realmente foi, uma prova de excelente nível, foi disputada até os últimos centímetros. Até a metade da prova (1000m) estavam todos praticamente juntos, mas depois, a prova dividiu-se entre os 3 primeiros e os 3 últimos.
Encontrava-me no segundo pelotão, que lutou bravamente pelo 4° lugar. Acabei ficando com a 5° colocação, meio barco atrás do Uruguaio e meio barco a frente do 6° colocado. Na frente, venceu o vice-campeão argentino, remador do tradicional clube de remo Zarate, de Buenos Aires.
Foi à melhor regata que participei no ano. Deixei tudo que podia na raia, mesmo sabendo que no dia anterior tinha remado melhor em termos técnicos, no domingo cheguei ao limite físico.
Sem dúvida foi uma grande experiência, defender meu clube e meu país em águas argentinas mesmo sem ter conseguido uma medalha.
E agora que venha o Trófeu Brasil...
* O texto abaixo, comenta sobre a atual situação da raia nacional de remo argentina.
Fizemos um pequeno tour pela cidade, paramos para comer e às 20 horas caímos na cama, exauridos pela viagem, no alojamento de um clube chamado Hacoaj, no Tigre. Um clube de origem judaica que é simplesmente enorme.
Acordamos no dia seguinte, cedo, com grande disposição, conhecemos o clube e também o barco que eu iria usar na competição que iniciaria no sábado. Era um bom barco, de marca argentina, similar com o que eu uso aqui no Brasil.
Logo fui treinar e conhecer a raia de competição, a Raia Nacional de Remo*, para chegar até ela, tinha que remar por um canal estreito, cheio de curvas e árvores caídas, deu trabalho para se acostumar, mas depois de alguns dias, já estava mais fácil a locomoção pelo riozinho.
A água da raia, provavelmente pela quantidade de sujeira e poluição era muito densa, sendo então muito “pesado” para remar, o que me custou acostumar. Tivemos que usar uma regulagem diferente no barco, para deixar mais leve cada remada.
Os dias foram passando e a competição se aproximando e finalmente o sábado chegou. Dia de eliminatória e repescagem. Estava fazendo muito frio, cerca de 5 graus no sábado de manhã. Minha eliminatória estava marcada para as 11 e 20, mas com uma forte neblina, a previsão era de atraso.
Fiz minha pesagem as 9 da manhã e fiquei aguardando a confirmação da prova. Em um problema absurdo de organização, ninguém foi avisado que a prova se mantinha em horário (apesar da forte neblina), e por pouco não perdemos a hora. Com o corpo completamente frio, sem o aquecimento adequado, acabei optando por uma estratégia de competição que consistia em simplesmente me guardar para a repescagem (evitando assim riscos de me machucar – lesionar).
Já na repescagem o cenário era completamente diferente, o sol tinha aparecido e estava mais quente. Cerca de duas horas depois da eliminatória entrei na água. Bem aquecido e determinado a me classificar (passavam a final apenas os 2 primeiros) a final, fiz a minha melhor apresentação do ano, realizando um ótimo tempo e fechando apenas meio barco atrás do primeiro colocado. Com o 2° lugar garanti a classificação para a final.
Domingo, dia de final e outra manha de frio e névoa que desta vez atrasou a regata em 2 horas. Minha prova estava marcada para as 15:00 horas, mas foi realizada cerca de uma hora e quarenta minutos depois.
Era uma linda tarde com sol e tempo bom. Sem vento a água estava em condições perfeitas de competição (exceto pela quantidade de lixo que tinha na água).
Estava na raia 6, raia do canto. Ao meu lado, tinha ótimos remadores argentinos e um remador uruguaio. De todos os remadores presentes nessa final havia 3 remadores de seleção (2 argentinos e o uruguaio).
A prova prometia ser muito difícil, como realmente foi, uma prova de excelente nível, foi disputada até os últimos centímetros. Até a metade da prova (1000m) estavam todos praticamente juntos, mas depois, a prova dividiu-se entre os 3 primeiros e os 3 últimos.
Encontrava-me no segundo pelotão, que lutou bravamente pelo 4° lugar. Acabei ficando com a 5° colocação, meio barco atrás do Uruguaio e meio barco a frente do 6° colocado. Na frente, venceu o vice-campeão argentino, remador do tradicional clube de remo Zarate, de Buenos Aires.
Foi à melhor regata que participei no ano. Deixei tudo que podia na raia, mesmo sabendo que no dia anterior tinha remado melhor em termos técnicos, no domingo cheguei ao limite físico.
Sem dúvida foi uma grande experiência, defender meu clube e meu país em águas argentinas mesmo sem ter conseguido uma medalha.
E agora que venha o Trófeu Brasil...
* O texto abaixo, comenta sobre a atual situação da raia nacional de remo argentina.
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