Luciana Granato é uma das 3 mulheres que compõem a equipe brasileira de remo. Há 4 anos atrás o Brasil classificava sua primeira mulher para os Jogos Olímpicos, o nome era Fabiana Beltrame, hoje é a veterana desta equipe ao lado de Anderson Nocetti e Tiago Gomes.
Luciana é remadora do clube Atlético Paulistano, aqui de São Paulo, tem 30 anos e chega a sua primeira olimpíada ao lado da sua parceira Camila, onde juntas remam o Double Skiff peso leve.
Formada em Análise de Sistema e Administração, mostra maturidade ao chegar a seu maior momento dentro da carreira e muitas expectativas. Com muita humildade me deu uma enorme atenção e aceitou responder algumas perguntas que fiz, diretamente de Pequim, o resultado foi essa incrível entrevista que lhes apresento agora:
Blog: Conta um pouquinho da tua infância, existiram dificuldades ou não, tua família te apoiou no esporte?
Luciana: Meu primeiro contato com esportes foi em um clube de bairro onde fiz natação, jazz e ioga.
Na oitava série meu professor de educação física me convidou para fazer um teste de atletismo no centro olímpico de treinamento e pesquisa, pois perdia a corrida apenas para um menino do colégio. Foi a partir desse momento que comecei a treinar.
Sempre tive apoio da minha família em todos os momentos. Meu pai quando era jovem jogava futebol e sempre foi um apaixonado por esportes.
Treinei por 11 anos atletismo e parei por diversas lesões e por ter tentado até o último momento fazer algum resultado expressivo que acabou não acontecendo.
Blog: Como você chegou (conheceu) ao remo? E o que fez com que você ficasse?
Luciana: Cheguei ao remo através de um sonho que tive há quatro anos.
Sonhei que “remava” (pois não tinha nem idéia do que era) em um lugar de águas barrentas e bem extensas. Para mim esse momento foi tão real que resolvi ligar para Cristiane (amiga e remadora), pois sabia que ela estava no remo e fui ver um treino.
Quando cheguei à USP tive certeza que aquele lugar que sonhei era ali e comecei a treinar tendo a certeza de que Deus estava me dando à chance de realizar todos os meus sonhos.
Blog: Sua vida dentro do remo foi sempre difícil, sempre lutando, como isso te fortaleceu? Ajudou-te a chegar mais longe?
Luciana: O fato de começar a treinar com 26 anos não me ajudou muito, no início, principalmente dentro de um clube onde a faixa de idade girava em torno de 16 a 18 anos. Mesmo assim, não desanimei e coloquei em minha cabeça que só seria reconhecida a partir do momento que começasse a remar melhor ou tão bem quanto os atletas que lá se encontravam.
Foram momentos de trabalho árduo e uma busca constante de estar melhorando até que chegou o momento de mostrar meu trabalho em março de 2006 nas seletivas de Skiff para o Sul Americano onde acabei perdendo apenas para a Déborah Amorim do Flamengo.
Em outubro ganhei o 2xPL no brasileiro e a partir dessa prova fui para o Sul Americano onde fui vice-campeã.
O que me move a cada treino, seletiva ou competição é minha determinação e vontade de conquistar cada vez mais. Não são conquistas por vaidade como fama, dinheiro ou outras coisas do gênero, é a luta diária por superação, por quebras de paradigmas e por fazer valer tudo a pena. Sempre me lembro da minha família, todas as dificuldades que passei desde a época do atletismo, todos que apontavam para mim e diziam que eu não seria nada e levanto minha cabeça foco nos meus objetivos e sigo em frente.
Luciana é remadora do clube Atlético Paulistano, aqui de São Paulo, tem 30 anos e chega a sua primeira olimpíada ao lado da sua parceira Camila, onde juntas remam o Double Skiff peso leve.
Formada em Análise de Sistema e Administração, mostra maturidade ao chegar a seu maior momento dentro da carreira e muitas expectativas. Com muita humildade me deu uma enorme atenção e aceitou responder algumas perguntas que fiz, diretamente de Pequim, o resultado foi essa incrível entrevista que lhes apresento agora:
Blog: Conta um pouquinho da tua infância, existiram dificuldades ou não, tua família te apoiou no esporte?
Luciana: Meu primeiro contato com esportes foi em um clube de bairro onde fiz natação, jazz e ioga.
Na oitava série meu professor de educação física me convidou para fazer um teste de atletismo no centro olímpico de treinamento e pesquisa, pois perdia a corrida apenas para um menino do colégio. Foi a partir desse momento que comecei a treinar.
Sempre tive apoio da minha família em todos os momentos. Meu pai quando era jovem jogava futebol e sempre foi um apaixonado por esportes.
Treinei por 11 anos atletismo e parei por diversas lesões e por ter tentado até o último momento fazer algum resultado expressivo que acabou não acontecendo.
Blog: Como você chegou (conheceu) ao remo? E o que fez com que você ficasse?
Luciana: Cheguei ao remo através de um sonho que tive há quatro anos.
Sonhei que “remava” (pois não tinha nem idéia do que era) em um lugar de águas barrentas e bem extensas. Para mim esse momento foi tão real que resolvi ligar para Cristiane (amiga e remadora), pois sabia que ela estava no remo e fui ver um treino.
Quando cheguei à USP tive certeza que aquele lugar que sonhei era ali e comecei a treinar tendo a certeza de que Deus estava me dando à chance de realizar todos os meus sonhos.
Blog: Sua vida dentro do remo foi sempre difícil, sempre lutando, como isso te fortaleceu? Ajudou-te a chegar mais longe?
Luciana: O fato de começar a treinar com 26 anos não me ajudou muito, no início, principalmente dentro de um clube onde a faixa de idade girava em torno de 16 a 18 anos. Mesmo assim, não desanimei e coloquei em minha cabeça que só seria reconhecida a partir do momento que começasse a remar melhor ou tão bem quanto os atletas que lá se encontravam.
Foram momentos de trabalho árduo e uma busca constante de estar melhorando até que chegou o momento de mostrar meu trabalho em março de 2006 nas seletivas de Skiff para o Sul Americano onde acabei perdendo apenas para a Déborah Amorim do Flamengo.
Em outubro ganhei o 2xPL no brasileiro e a partir dessa prova fui para o Sul Americano onde fui vice-campeã.
O que me move a cada treino, seletiva ou competição é minha determinação e vontade de conquistar cada vez mais. Não são conquistas por vaidade como fama, dinheiro ou outras coisas do gênero, é a luta diária por superação, por quebras de paradigmas e por fazer valer tudo a pena. Sempre me lembro da minha família, todas as dificuldades que passei desde a época do atletismo, todos que apontavam para mim e diziam que eu não seria nada e levanto minha cabeça foco nos meus objetivos e sigo em frente.
Blog: Seleção, tirando todos os problemas conhecidos (problemas administrativos, injustiças, etc), como você se sentiu quando vestiu a camisa da seleção pela primeira vez? Foi no sul-americano em 2006 (Argentina)?
Luciana: Foi em Mar Del Plata - Argentina - que vesti pela primeira vez a amarelinha. Para mim foi um momento importante e muito especial, pois estava conquistando um pedaço dos meus sonhos. Estar entre os melhores atletas do país e logo depois da América do Sul foi algo mágico.
Blog: Pan-Americano, um breve comentário sobre os resultados alcançados.
Luciana: O Pan foi um momento complicado e até conturbado. Aconteceram muitas coisas durante a fase de preparação que influenciaram diretamente no desempenho da seleção. Estávamos treinando para grandes resultados e acabou tudo indo por água abaixo.
Particularmente tirei várias lições de tudo e acredito que futuramente as coisas serão diferentes.
Blog: Pré-Olímpico e a vaga para Pequim, o que passou pela tua cabeça?
Luciana: Sai de um Pan Americano desacreditada e muito abatida, pois não esperava uma final tão desastrosa. Mesmo assim, tanto eu como a Camila acreditávamos no barco e não poderíamos deixar de buscar nossa vaga olímpica pelo evento anterior.
Ficamos mais unidas, mais maduras e resolvemos mostrar que nossa parceria valia a pena. Treinamos duro durante dois meses e fomos para o Rio com a certeza que conseguiríamos a vaga. Graças a Deus deu tudo certo e logo após a conquista fiquei tão anestesiada que apenas conseguia pensar no peso que tirei de meus ombros e que tinha que começar logo a treinar para as olimpíadas.
Blog: Treinos, Viagens, Reportagens, “Fama”, esse ano olímpico, já te rendeu frutos fora da água?
Luciana: Sinceramente esperava ter um reconhecimento maior do meu clube na questão financeira. Em contra partida, fui beneficiada com o “bolsa atleta” (Incentivo dado pelo governo federal) que está me ajudando muito nessa fase de preparação e recebi um patrocínio de óculos da Oakley que muito legal.
Esse ano foi muito especial, pois fizemos uma fase do nosso treinamento na Europa, competimos duas etapas da Copa do Mundo e treinamos em altitude.
Os treinos foram bem intensos e o reconhecimento da mídia está ainda muito tímida devido a pouca divulgação da modalidade e pelos resultados apresentados durante toda a história.
Blog: Expectativas para Pequim? Objetivo da dupla? Objetivo Pessoal? Já pensa após Pequim (novos desafios)?
Luciana: Minha expectativa para Pequim é de aproveitar ao máximo o maior evento esportivo e como objetivo ficar entre as 12 melhores do mundo. Tenho certeza que será uma missão bem difícil, mas estou indo com essa meta.
Para 2008 tenho ainda o brasileiro (outubro, em São Paulo) e um Sul Americano (final do ano no Uruguai). Planejo treinar por mais quatro anos e encerrar minha carreira em Londres (palco da próxima olimpíada). Gostaria muito de continuar a parceria com a Camila, mas para isso tenho que passar por novas barreiras.
Blog: Em sua opinião, o que falta para o remo feminino deslanchar no Brasil?
Luciana: Competições internacionais, intercâmbio com clubes europeus e atletas que realmente estejam dispostas a abrir mão de tudo para trabalhar com alto rendimento.
Blog: Algum recado que você queria dar para o Brasil?
Luciana: Sim, gostaria de deixar um recado a todos: Tudo é possível ao que crê.
Acreditem em seus sonhos, olhem apenas para seus objetivos, derrube as muralhas, pois podemos tudo quando realmente acreditamos. Todos são feitos da mesma matéria e o que nos difere é a fé e a vontade de ir além do que pedimos, buscamos ou necessitamos.
Luciana: Foi em Mar Del Plata - Argentina - que vesti pela primeira vez a amarelinha. Para mim foi um momento importante e muito especial, pois estava conquistando um pedaço dos meus sonhos. Estar entre os melhores atletas do país e logo depois da América do Sul foi algo mágico.
Blog: Pan-Americano, um breve comentário sobre os resultados alcançados.
Luciana: O Pan foi um momento complicado e até conturbado. Aconteceram muitas coisas durante a fase de preparação que influenciaram diretamente no desempenho da seleção. Estávamos treinando para grandes resultados e acabou tudo indo por água abaixo.
Particularmente tirei várias lições de tudo e acredito que futuramente as coisas serão diferentes.
Blog: Pré-Olímpico e a vaga para Pequim, o que passou pela tua cabeça?
Luciana: Sai de um Pan Americano desacreditada e muito abatida, pois não esperava uma final tão desastrosa. Mesmo assim, tanto eu como a Camila acreditávamos no barco e não poderíamos deixar de buscar nossa vaga olímpica pelo evento anterior.
Ficamos mais unidas, mais maduras e resolvemos mostrar que nossa parceria valia a pena. Treinamos duro durante dois meses e fomos para o Rio com a certeza que conseguiríamos a vaga. Graças a Deus deu tudo certo e logo após a conquista fiquei tão anestesiada que apenas conseguia pensar no peso que tirei de meus ombros e que tinha que começar logo a treinar para as olimpíadas.
Blog: Treinos, Viagens, Reportagens, “Fama”, esse ano olímpico, já te rendeu frutos fora da água?
Luciana: Sinceramente esperava ter um reconhecimento maior do meu clube na questão financeira. Em contra partida, fui beneficiada com o “bolsa atleta” (Incentivo dado pelo governo federal) que está me ajudando muito nessa fase de preparação e recebi um patrocínio de óculos da Oakley que muito legal.
Esse ano foi muito especial, pois fizemos uma fase do nosso treinamento na Europa, competimos duas etapas da Copa do Mundo e treinamos em altitude.
Os treinos foram bem intensos e o reconhecimento da mídia está ainda muito tímida devido a pouca divulgação da modalidade e pelos resultados apresentados durante toda a história.
Blog: Expectativas para Pequim? Objetivo da dupla? Objetivo Pessoal? Já pensa após Pequim (novos desafios)?
Luciana: Minha expectativa para Pequim é de aproveitar ao máximo o maior evento esportivo e como objetivo ficar entre as 12 melhores do mundo. Tenho certeza que será uma missão bem difícil, mas estou indo com essa meta.
Para 2008 tenho ainda o brasileiro (outubro, em São Paulo) e um Sul Americano (final do ano no Uruguai). Planejo treinar por mais quatro anos e encerrar minha carreira em Londres (palco da próxima olimpíada). Gostaria muito de continuar a parceria com a Camila, mas para isso tenho que passar por novas barreiras.
Blog: Em sua opinião, o que falta para o remo feminino deslanchar no Brasil?
Luciana: Competições internacionais, intercâmbio com clubes europeus e atletas que realmente estejam dispostas a abrir mão de tudo para trabalhar com alto rendimento.
Blog: Algum recado que você queria dar para o Brasil?
Luciana: Sim, gostaria de deixar um recado a todos: Tudo é possível ao que crê.
Acreditem em seus sonhos, olhem apenas para seus objetivos, derrube as muralhas, pois podemos tudo quando realmente acreditamos. Todos são feitos da mesma matéria e o que nos difere é a fé e a vontade de ir além do que pedimos, buscamos ou necessitamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário