sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Maior de todos.


Devo confessar que segundos antes da prova estava nervoso, como se estivesse torcendo por um amigo, ou para um brasileiro. Tamanha é a minha admiração por esse atleta que estou abrindo mão das minhas sagradas horas de sonho (que são poucas) para escrever este texto.
Hoje Michael Phelps, 23 anos, tornou-se o maior campeão olímpico da história. Com mais uma quebra de recorde mundial, o americano venceu sua 4° prova na China, os 200m borboleta e conquistou sua 10° medalha de ouro em olimpíadas.
Nadou com maestria como sempre, mas desta vez ao terminar a prova, estava com a cara amarrada, preocupado com alguma coisa, talvez o óculos estivesse lhe incomodando (já que o arrancou rapidamente após a prova e levou a mão aos olhos), talvez o ar estivesse pesado, talvez não estivesse satisfeito consigo mesmo.
A verdade que sua cara brava ficara marcada para história. Mas todos os grandes campeões sabem o momento de vibrar, de chorar e de ficarem insatisfeitos, mesmo quando para nós mortais isso seria impossível.
O grande motivo para a insatisfação do americano deve ser por que não nadou como queria, mesmo batendo o recorde mundial, ele queria mais, queria deixar claro que nos 100m borboleta (última e mais complicada prova de seu extenso programa olímpico) ele vai estar com tudo.
Mas independentemente disso, Phelps é sobre-humano, é uma maquina!
O trabalho, a preparação, os treinamentos, os dias e noites dedicados a natação estão valendo a pena, e só de pensar que ele tem a minha idade, pensar que ainda tem pela frente (facilmente) mais 2 olimpíadas, me pergunto, ATÉ ONDE ELE PODE IR?
Ah, quero fazer outro comentário, desculpem-me os INSUPORTÁVEIS jornalistas que ainda insistem em comparar Mark Spitz com o fenômeno olímpico, mas Spitz virou história hoje!
10 ouros e 2 bronzes essa é o currículo olímpico de Phelps! Alguém ai se propõe a parar o torpedo americano?
OBS: (15:35): Durante a madrugada o americano conquistou sua 4° medalha de ouro, no revezamento 4x200m livre. Ele abriu o revezamento (foi o 1° a entrar na água) e entregou para seu companheiro com um corpo e meio de vantagem sobre a linha do recorde mundial. Ficou fácil para o resto da equipe, os EUA fecharam quase 4 segundos abaixo do recorde mundial da prova.

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