sexta-feira, 10 de outubro de 2008

11° Dia.


Continua a fatídica busca dos EUA aos chineses. E parece que o atletismo pela primeira vez não salvará os norte-americanos, afinal foram disputadas até ontem 23 finais na modalidade, onde os EUA faturaram apenas 3 ouros.
Mas a China teve uma grande derrota nas pistas, ou melhor, uma desistência que marcou a modalidade nesses Jogos. Liu Xiang ERA a maior esperança nas pistas do país anfitrião. Mas uma estranha contusão acabou com o sonho do chinês e de outros tantos no estádio “Ninho de Pássaro”.
Como deve ser para um atleta ter que carregar um país nas costas? Nessa edição dos jogos foi onde mais escutei atletas pedindo desculpas ao PAÍS! Diego Hipólito foi um deles, que chorou ao cair na prova de solo, talvez a maior fatalidade dos jogos até o momento para nossa nação.
Mas até ai, pedir desculpas ao país? Um país que não apóia seus “filhos” atletas, que não lhes da à estrutura adequada? Sinceramente, os atletas procuram nesses momentos difíceis apelar ao sentimento dos brasileiros, em quanto deviam cobrar por melhores estruturas. Caso claro foi o do judoca Eduardo Santos, que comoveu o país ao pedir desculpas a seus pais e mais uma vez ao Brasil. Brasil que lhe deu fome e miséria, que não lhe deu dinheiro suficiente para pagar o exame para a faixa preta e por causa disso teve que esperar 7 anos lutando com a faixa marrom.
Liu Xiang passou por isso, mas na China existem algumas diferenças, a principal que não são 190 milhões de pessoas, são 1,3 bilhões torcendo e cobrando por um resultado nas pistas. Xiang é literalmente propriedade do governo Chinês (toda a grana que ele ganha é propriedade do governo que lhe paga um salário justo a sua sobrevivência), é o garoto propaganda dos jogos e era a esperança do presidente para mostrar ao mundo que a China pode realizar qualquer feito. “Se ele não vencer nada disso (Jogos Olímpicos) valerá a pena”, palavras do presidente chinês antes do início dos jogos. Como competir assim?

Xiang, machucado ou não, abriu o bico, não agüentou a pressão e desistiu mesmo sem competir, fatídica derrota de um atleta, que teve que montar todo um teatrinho para justificar sua desistência, agora me pergunto, com aperto no peito, O QUE SERÁ DELE?
Pressão. Essa tem sido a palavra desses jogos. Todos sofrem pressões, mas os campeões são forjados no mais duro aço para suportar essas pressões, aqueles que não a suportam tornam-se meros participantes.
Está edição dos Jogos esta sendo das zebras, já que todos os campeões mundiais estão apanhando feio em Pequim. Pelo Brasil, os judocas, pelos EUA, os velocistas, até a incrível portuguesa do salto em distância não se classificou para a final!? Dá para acreditar? Bom para nós, com a determinada Mauren Maggi.
Agora, podem dizer o que quiserem nada me tira da cabeça a infantilidade de Fabiana Murrer, uma atleta jovem e de incrível potencial, que simplesmente perdeu sua medalha por que “perderam” sua vara principal. Pesquisei, me informei, e tive que concordar que cada vara é diferente, que as varas são feitas com diferentes resistências para diferentes alturas, por isso que a vara desaparecida era tão importante.
Erro da organização? Sem a menor dúvida. Então você ai deve estar se perguntando por que coloco a responsabilidade na atleta brasileira, bom te explico. A primeira lição que se aprende no esporte é ter responsabilidade e CUIDADO com seu material. Nunca se deve deixar seu material em responsabilidade de outras pessoas, ainda mais pessoas estranhas.
A primeira coisa que Fabiana devia ter feito, como processo rotineiro era ANTES DO INÍCIO da competição CONFERIR seu material. Ai ela teria alguma chance de postergar a competição, por que depois do início, seria muito mais complicado de parar tudo por causa de uma vara (independente de quem era o erro).
Outro problema é que no atletismo o técnico fica isolado, e a atleta (o) tem que resolver tudo sozinho, isso acabou com Fabiana, acabou com sua motivação e com sua capacidade de procurar outras soluções, como pedir uma vara emprestada para a sua amiga Yelena Isinbayeva, "Não fiquei sabendo dos problemas dela, mas se ela tivesse me pedido ajuda, eu teria feito o que pudesse para ajudá-la. Ela é uma boa amiga", afirmou a russa.
Os brasileiros continuam lutando saiu a primeira medalha para a vela feminina, com as “piratas” brasileira, que roubaram a cena e o bronze, que alegria! O vôlei de praia masculino continua forte, apesar de que agora alguém vai cair, já que nossas duplas se enfrentam nas semifinais. No feminino, Ana Paula e Larissa deram adeus às competições na China, perderam para a fortíssima dupla americana que depois derrotou a outra dupla brasileira de Talita e Renata na fase seguinte.
Os Jogos Olímpicos de Pequim começam a chegar a sua fase final, tomara que a sorte dos brasileiros mude um pouco, que outros ouros venham, ou pratas, ou bronzes, ou até mesmo, BONS RESULTADOS, que esses fatídicos erros, pressões fiquem para atrás, e que os atletas possam mostrar um pouco do que são feitos, e mostrar tudo que fizeram para chegar até a China. Sorte a eles...
Obs: O FUTEBOL MASCULINO TOMOU UMA SURRA DA ARGENTINA, mostrando ao mundo mais uma vez a “carinha” triste dos milionários jogadores brasileiros, que sempre pipocam nas decisões. Que bom que o Brasil perdeu. Que bom que o Brasil perdeu para seu maior rival. Como torci contra a conquista do 1° ouro no futebol, por que um ouro futebolístico (no masculino) apagaria todos os outros atletas, ou você acha que o ouro de César Cielo continuaria tão falado (como agora), se o Brasil vencesse no futebol?

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