
Terminou hoje os Jogos Paraolímpicos, e o Brasil se sustentou entre os 10 melhores países da competição, terminou em 9° lugar, a frente de grandes potências no esporte. Foram 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, somando um total de 47 medalhas.
Sem a menor dúvida o Brasil paraolímpico deu um show na China, mas um show para poucos interessados, para poucos espectadores, para poucos torcedores.
Mas esses poucos foram em nosso país, por que ao contrário do que foi visto nos Jogos Para-Pan (versão paraolímpica dos Jogos Pan-Americanos) do Rio de Janeiro e até mesmo dos últimos Jogos realizados na Grécia, havia milhares de chineses nos estádios, principalmente acompanhando as provas da natação e do atletismo (competições mais transmitidas pela nossa televisão – Sportv).
Em um país tão julgado pela sua falta de humanismo, os chineses foram os mais humanos anfitriões dos jogos paraolímpicos. Com direito a festas de abertura e encerramento incríveis (para aqueles que não viram, basta ver as fotos espalhadas pelos sites de informação hoje), de uma estrutura impressionante para todos os deficientes, e acima de tudo, por sorrisos sinceros.
Por que a verdade é que não aprendemos a lidar com os deficientes, não fomos ensinados na escola, não tivemos amiguinhos com algum problema de formação, por que estes temem o preconceito, e a discriminação pelos chamados normais.
Por causa dessa segregação temos dificuldades, sempre que nos deparamos com um ficamos totalmente sem ação, não sabemos nem como oferecer ajuda, caso este esteja necessitando. Sentimos logo de cara, pena, dó e não conseguimos ver a normalidade do ser humano, de seu espírito, de seu coração, que estes, apesar de um pouco mais sofridos que os nossos, são iguais.
Por isso que em outro texto citei que os Jogos Olímpicos deviam englobar os Jogos Paraolímpicos, afinal por que segregar? A idéia não é unir, socializar, os “marginalizados” deficientes físicos? Então por que ter um campeonato separado, um campeonato ou evento que se chame PARAolímpico, PARA de paralelo? De paralítico?
Essa aversão aos deficientes físicos deve deixar de existir o mais rápido possível, talvez um dos esportes no Brasil que tem mudado um pouco esse conceito é o REMO. Em São Paulo, dentro do campeonato paulista, já existem provas especiais para o chamado REMO ADAPTADO, assim, deficientes e não deficientes dividem as mesmas medalhas, as mesmas competições e os mesmos sentimentos. Afinal de contas, somos todos remadores, todos seres humanos.
Pena que por causa dessa segregação, nem um terço do Brasil vai ficar sabendo do que Daniel Dias fez na natação (com suas 9 medalhas), ninguém vai saber quem é Antonio Tenório e seus feitos (tetra-campeão olímpico de Judô), de Lucas Prado, imperador das pistas de atletismo (com 3 ouros) e tantos outros heróis, que deixaram na China seu suor e seu sangue por uma Pátria que ainda teima em ignorar-los.
Queria deixar aqui, registrado, um pedido de desculpas por não ter colocado mais informações sobre nossos atletas, infelizmente as Paraolimpíadas me pegaram em semanas difíceis de minha vida pessoal, entre estudos e treinos, mas quero ressaltar que não foram ignorados ou esquecidos, todos os 118 atletas fazem parte da história deste blog, e sem a menor dúvida da história do esporte brasileiro. Parabéns a todos, por não desistirem jamais...
Sem a menor dúvida o Brasil paraolímpico deu um show na China, mas um show para poucos interessados, para poucos espectadores, para poucos torcedores.
Mas esses poucos foram em nosso país, por que ao contrário do que foi visto nos Jogos Para-Pan (versão paraolímpica dos Jogos Pan-Americanos) do Rio de Janeiro e até mesmo dos últimos Jogos realizados na Grécia, havia milhares de chineses nos estádios, principalmente acompanhando as provas da natação e do atletismo (competições mais transmitidas pela nossa televisão – Sportv).
Em um país tão julgado pela sua falta de humanismo, os chineses foram os mais humanos anfitriões dos jogos paraolímpicos. Com direito a festas de abertura e encerramento incríveis (para aqueles que não viram, basta ver as fotos espalhadas pelos sites de informação hoje), de uma estrutura impressionante para todos os deficientes, e acima de tudo, por sorrisos sinceros.
Por que a verdade é que não aprendemos a lidar com os deficientes, não fomos ensinados na escola, não tivemos amiguinhos com algum problema de formação, por que estes temem o preconceito, e a discriminação pelos chamados normais.
Por causa dessa segregação temos dificuldades, sempre que nos deparamos com um ficamos totalmente sem ação, não sabemos nem como oferecer ajuda, caso este esteja necessitando. Sentimos logo de cara, pena, dó e não conseguimos ver a normalidade do ser humano, de seu espírito, de seu coração, que estes, apesar de um pouco mais sofridos que os nossos, são iguais.
Por isso que em outro texto citei que os Jogos Olímpicos deviam englobar os Jogos Paraolímpicos, afinal por que segregar? A idéia não é unir, socializar, os “marginalizados” deficientes físicos? Então por que ter um campeonato separado, um campeonato ou evento que se chame PARAolímpico, PARA de paralelo? De paralítico?
Essa aversão aos deficientes físicos deve deixar de existir o mais rápido possível, talvez um dos esportes no Brasil que tem mudado um pouco esse conceito é o REMO. Em São Paulo, dentro do campeonato paulista, já existem provas especiais para o chamado REMO ADAPTADO, assim, deficientes e não deficientes dividem as mesmas medalhas, as mesmas competições e os mesmos sentimentos. Afinal de contas, somos todos remadores, todos seres humanos.
Pena que por causa dessa segregação, nem um terço do Brasil vai ficar sabendo do que Daniel Dias fez na natação (com suas 9 medalhas), ninguém vai saber quem é Antonio Tenório e seus feitos (tetra-campeão olímpico de Judô), de Lucas Prado, imperador das pistas de atletismo (com 3 ouros) e tantos outros heróis, que deixaram na China seu suor e seu sangue por uma Pátria que ainda teima em ignorar-los.
Queria deixar aqui, registrado, um pedido de desculpas por não ter colocado mais informações sobre nossos atletas, infelizmente as Paraolimpíadas me pegaram em semanas difíceis de minha vida pessoal, entre estudos e treinos, mas quero ressaltar que não foram ignorados ou esquecidos, todos os 118 atletas fazem parte da história deste blog, e sem a menor dúvida da história do esporte brasileiro. Parabéns a todos, por não desistirem jamais...
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