
Em 1984, ano que estava nascendo, aconteciam os Jogos Olímpicos nos EUA, mais precisamente em Los Angeles.
Essa olimpíada foi marcada pelo boicote feito por países comunistas, em principal, pela União Soviética, em forma de retaliação pelo boicote realizado pelos EUA, nos Jogos de 1980, em Moscou.
Mas foi durante esses Jogos que aconteceu uma das cenas mais intensas da história dos esportes. Uma cena protagonizada por uma mulher de 39 anos, uma Suíça de nome Gabriele Andersen.
O contexto era o seguinte: Uma maratona, ou melhor, a primeira maratona feminina da história dos Jogos Olímpicos. Uma época onde os preconceitos contra as mulheres ainda era muito forte, e todos diziam (especialistas em esportes, médicos, políticos, todos que tinham boca, falavam) que essa prova era um absurdo e que as atletas não teriam condições de finalizar a prova.
Largaram 50 mulheres e cruzaram a linha de chegada 44. A prova oficialmente foi vencida por Joan Benoit, uma americana, mas para mim e muitos no mundo todo, a medalha de ouro deveria ter sido dada a essa suíça que terminou na 37° colocação.
Gabriele entrou no estádio olímpico sozinha. Apenas acompanhada de sua perseverança e muita vontade de vencer. Mal podia se sustentar em pé, cambaleando, ameaçando até cair, recusou a ajuda médica, por que queria terminar a prova.
Aparentando estar desmaiada, seu corpo ainda continuava, todos os torcedores a ovacionaram, estavam todos de pé, caminhando e fazendo força junto com ela. Acompanhada de perto por dois médicos e com uma equipe esperando na linha de chegada, a Suíça foi indo em direção ao final da prova, passo a passo.
No último passo, ao cruzar a linha de chegada, Gabriele desaba nos braços dos médicos, visivelmente exausta fecha os olhos e apaga.
Depois em uma entrevista, a principal personagem dos jogos conta que queria terminar de qualquer forma a prova, por que era sua última oportunidade por conta de sua idade.
Acho que talvez no fundo de seu coração existissem mais motivos. Independente disso foi incrível ver a superação dela, uma marca para a história.
Casos como esse são raros, são pessoas especiais, que tem uma força de vontade sobre natural, mas nos faz pensar sobre o nosso dia-a-dia.
Será que nossos problemas não podem ser superados? Aqueles momentos difíceis de dor, de angustia não podem ser vencidos, mesmo que nos levem a exaustão?
Penso nisso todos os dias quando estou treinando, será que as mãos sangrando, as pernas e costas doendo, a respiração acelerada e o cansaço são motivos para desistir? Mas a dor e vitória andam realmente juntos? Desistir é fraquejar? Ou é apenas teimosia?
Não sei, acho que nunca fui exigido tão ao extremo, como Gabriele foi, mas ela decidiu. Mesmo que tenha sido de forma inconsciente (ou não), ela não queria desistir, queria apenas terminar a prova, queria vencer ela mesma.
Acho que a principal lição que se pode tirar, é que não existe limite ou derrota anunciada, existe apenas a vontade de vencer. O quanto se está disposto a entregar-se totalmente seja nas pistas, piscinas, raias, no escritório, no relacionamento... Não existe o impossível, existe o não querer, a falta de vontade.
Esse texto é dedicado a minha mãe, heróina e a maior "atleta" de todos os tempos e a todos (as) os "atletas" do dia-a-dia que se superam e vencem seus maiores desafios. Abaixo esta o vídeo com a espetácular chegada de Gabriele... Bom feriado a todos... Até.
Essa olimpíada foi marcada pelo boicote feito por países comunistas, em principal, pela União Soviética, em forma de retaliação pelo boicote realizado pelos EUA, nos Jogos de 1980, em Moscou.
Mas foi durante esses Jogos que aconteceu uma das cenas mais intensas da história dos esportes. Uma cena protagonizada por uma mulher de 39 anos, uma Suíça de nome Gabriele Andersen.
O contexto era o seguinte: Uma maratona, ou melhor, a primeira maratona feminina da história dos Jogos Olímpicos. Uma época onde os preconceitos contra as mulheres ainda era muito forte, e todos diziam (especialistas em esportes, médicos, políticos, todos que tinham boca, falavam) que essa prova era um absurdo e que as atletas não teriam condições de finalizar a prova.
Largaram 50 mulheres e cruzaram a linha de chegada 44. A prova oficialmente foi vencida por Joan Benoit, uma americana, mas para mim e muitos no mundo todo, a medalha de ouro deveria ter sido dada a essa suíça que terminou na 37° colocação.
Gabriele entrou no estádio olímpico sozinha. Apenas acompanhada de sua perseverança e muita vontade de vencer. Mal podia se sustentar em pé, cambaleando, ameaçando até cair, recusou a ajuda médica, por que queria terminar a prova.
Aparentando estar desmaiada, seu corpo ainda continuava, todos os torcedores a ovacionaram, estavam todos de pé, caminhando e fazendo força junto com ela. Acompanhada de perto por dois médicos e com uma equipe esperando na linha de chegada, a Suíça foi indo em direção ao final da prova, passo a passo.
No último passo, ao cruzar a linha de chegada, Gabriele desaba nos braços dos médicos, visivelmente exausta fecha os olhos e apaga.
Depois em uma entrevista, a principal personagem dos jogos conta que queria terminar de qualquer forma a prova, por que era sua última oportunidade por conta de sua idade.
Acho que talvez no fundo de seu coração existissem mais motivos. Independente disso foi incrível ver a superação dela, uma marca para a história.
Casos como esse são raros, são pessoas especiais, que tem uma força de vontade sobre natural, mas nos faz pensar sobre o nosso dia-a-dia.
Será que nossos problemas não podem ser superados? Aqueles momentos difíceis de dor, de angustia não podem ser vencidos, mesmo que nos levem a exaustão?
Penso nisso todos os dias quando estou treinando, será que as mãos sangrando, as pernas e costas doendo, a respiração acelerada e o cansaço são motivos para desistir? Mas a dor e vitória andam realmente juntos? Desistir é fraquejar? Ou é apenas teimosia?
Não sei, acho que nunca fui exigido tão ao extremo, como Gabriele foi, mas ela decidiu. Mesmo que tenha sido de forma inconsciente (ou não), ela não queria desistir, queria apenas terminar a prova, queria vencer ela mesma.
Acho que a principal lição que se pode tirar, é que não existe limite ou derrota anunciada, existe apenas a vontade de vencer. O quanto se está disposto a entregar-se totalmente seja nas pistas, piscinas, raias, no escritório, no relacionamento... Não existe o impossível, existe o não querer, a falta de vontade.
Esse texto é dedicado a minha mãe, heróina e a maior "atleta" de todos os tempos e a todos (as) os "atletas" do dia-a-dia que se superam e vencem seus maiores desafios. Abaixo esta o vídeo com a espetácular chegada de Gabriele... Bom feriado a todos... Até.
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