Contra tudo e contra todos.

Mais uma vez trago a este blog a polêmica e eterna denúncia do abandono de confederações ou do governo com muitos esportes amadores.
Mas desta vez não vou apenas retratar problemas nacionais, na realidade trata-se de um problema em comum, só que em outro país. Um país que sempre tem tradição nos esportes e muita rivalidade com a camisa verde e amarela.
Sim, estou falando sobre a Argentina e mais especificamente sobre o remo argentino. Elite na America Latina, o remo Argentino sempre foi visto com muito respeito e por que não dizer admiração.
Dentro da historia do remo de lá, pode se destacar medalhas olímpicas (prata e bronze), conquistadas por Alberto Demiddi (que também conquistou o título de campeão mundial sempre no single skiff).
Atualmente a Argentina possui um expoente no esporte, o melhor singlista (remador que compete individualmente) da America. Que foi 4° lugar na última olimpíada e atual 8° do mundo, posto conquistado no Mundial de Munique em setembro de 2007 (que já lhe assegurou a vaga para Pequim sem a necessidade de classificar pelo pré-olímpico Sul-Americano).
O nome desse astro argentino é Santiago Fernandez, que muitas vezes é muito criticado por dizer o que pensa e por ter um jeito fechado que sempre é confundido com arrogância.
No Brasil, Santiago sempre foi visto como um remador de sorte e sempre subestimado, mas talvez por simples inveja, por que ele sempre conquistou títulos contra os brasileiros.
Mas essa discussão não vem ao caso, o que é importante foi a sua atitude com respeito ao abandono da associação de remo argentino com a raia nacional de remo (localizada no Rio Tigre, Buenos Aires), onde a seleção argentina treina e se prepara para as competições.
A denúncia do remador é por melhores condições da raia, que pelo jeito anda muito poluída. No vídeo que foi colocado acima, junto com as imagens muito bonitas de suas remadas e com a trilha sonora de primeira (do filme Último dos Moicanos), existem frases importantes, frases de quem, não gosta de ficar calado.
É, se sempre fosse assim, atletas de altíssimo nível brigando por condições melhores e não apenas se acomodando ou baixando a cabeça com o problemas (como falta de incentivo financeiro, estrutura e condições para treino entre outros), muitas dessas situações de abandono e injustiça seriam corrigidos.
Sempre existem desculpas, mas o importante é lutar para que sempre existam melhorias.
O esporte merece essa luta, boa atitude Santiago!