
Ainda jovem na categoria de juvenil esse João já chamava a atenção, destacava-se nos treinamentos e nas competições que disputava. Ainda como juvenil conseguiu quebrar o recorde mundial da categoria durante um campeonato sul-americano em 1973.
Mas ainda havia muita história para acontecer. Em 1975 nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México, João conseguiria a melhor marca de sua vida no salto triplo, marcando inclusive o recorde mundial (17,89m), que resistiu por 10 anos.
Medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1975, João deixava de ser apenas um João qualquer e passou a ser conhecido como João do Pulo e no ano seguinte seria sua primeira oportunidade de escrever seu nome nas paginas olímpicas.
Em Montreal, 1976, João conseguiria o Bronze. Com uma marca bem abaixo do índice marcado no ano anterior quando foi campeão nos jogos da cidade do México, talvez por que tinha que dividir seus treinamentos com as obrigações militares já que era cabo do exercito.
Nas Olimpíadas de Moscou, 4 anos depois, João do Pulo era apontado como favorito para a conquista da inédita medalha de ouro. Havia sido bi-campeão no salto em distância e no salto triplo um ano antes nos jogos pan-americanos realizados em Porto Rico (1979).
Mas talvez, nas olimpíadas mais conturbadas em termos de manipulação de resultados, justamente por motivos políticos envolvendo a antiga união soviética e países do ocidente, havia sempre suspeitas de erros propositais favorecendo atletas soviéticos. E o nosso João foi vitima dessas questões que nada tinha haver com sua pessoa.
Seus melhores saltos foram anulados e dessa forma acabou ainda conseguindo uma medalha de bronze, a sua segunda medalha de bronze consecutiva no salto triplo, o ouro e a prata na prova ficaram com atletas soviéticos.
Após da olimpíada sua vida seria marcada por uma enorme tragédia. Um acidente de carro acabará por encerrar a sua carreira de forma prematura. O acidente lhe custou à amputação de uma perna (direita), e o sonho da medalha de ouro em uma olimpíada havia sido encerrada.
João passou por depressões e por um enorme abandono da mídia. Depois de anos conseguiu ser eleito deputado estadual. Mas sempre viveu com tristeza e amargura em seu coração.
Em 1999, João morreu de uma infecção generalizada associada com uma cirrose aos 45 anos.
Mas sua história não morreu, continua viva, com o incrível Jadel Gregório, que possui uma história de vida de superação que poderiam ser usadas em um filme. Jadel quebrou no último Pan-americano realizado no Rio o último recorde ainda sobrevivente de João, o recorde no Salto Triplo Sul-americano.
O recorde quebrado por Jadel durava 32 anos!
O Brasil possui uma tradição de atletas incríveis nessa modalidade, Adhemar Ferreira, João do Pulo e agora Jadel Gregório. Pena que também no Brasil existe a triste tradição de abandonar antigos heróis olímpicos.
Uma tradição que devia acabar. A tristeza no coração desses atletas é vista facilmente, afinal não deve ser nem um pouco fácil ser herói em um dia e ser simplesmente esquecido no outro. Além do que, em nosso país, com todas as dificuldades de educação e chances de trabalho, esses ex-atletas acabam abandonados financeiramente e acabam com suas vidas sem a menor dignidade que é merecida.
Durante o Pan do Rio, vi uma reportagem sobre a ajuda que ex-atletas medalhistas olímpicos recebem em Cuba, onde são trazidos pelo governo para ajudar no esporte que praticavam e tiveram sucesso, treinando e aconselhando novos atletas. Além de terem seus estudos pagos e planos de desenvolvimento pessoal.
Cuba como todos sabem não é um país rico, muito pelo contrário, agora, por que aqui as coisas não poderiam ser diferentes. Por que o esporte e esses heróis só são lembrados em épocas olímpicas?
Como seria bom se os antigos atletas e nossos heróis olímpicos pudessem continuar a ajudar no esporte, passando experiências e seu talento para que possamos sonhar sempre com mais medalhas.
Como sempre, estamos atrasados... Mas a esperança é a última que morre e nossas lembranças também...
Mas ainda havia muita história para acontecer. Em 1975 nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México, João conseguiria a melhor marca de sua vida no salto triplo, marcando inclusive o recorde mundial (17,89m), que resistiu por 10 anos.
Medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1975, João deixava de ser apenas um João qualquer e passou a ser conhecido como João do Pulo e no ano seguinte seria sua primeira oportunidade de escrever seu nome nas paginas olímpicas.
Em Montreal, 1976, João conseguiria o Bronze. Com uma marca bem abaixo do índice marcado no ano anterior quando foi campeão nos jogos da cidade do México, talvez por que tinha que dividir seus treinamentos com as obrigações militares já que era cabo do exercito.
Nas Olimpíadas de Moscou, 4 anos depois, João do Pulo era apontado como favorito para a conquista da inédita medalha de ouro. Havia sido bi-campeão no salto em distância e no salto triplo um ano antes nos jogos pan-americanos realizados em Porto Rico (1979).
Mas talvez, nas olimpíadas mais conturbadas em termos de manipulação de resultados, justamente por motivos políticos envolvendo a antiga união soviética e países do ocidente, havia sempre suspeitas de erros propositais favorecendo atletas soviéticos. E o nosso João foi vitima dessas questões que nada tinha haver com sua pessoa.
Seus melhores saltos foram anulados e dessa forma acabou ainda conseguindo uma medalha de bronze, a sua segunda medalha de bronze consecutiva no salto triplo, o ouro e a prata na prova ficaram com atletas soviéticos.
Após da olimpíada sua vida seria marcada por uma enorme tragédia. Um acidente de carro acabará por encerrar a sua carreira de forma prematura. O acidente lhe custou à amputação de uma perna (direita), e o sonho da medalha de ouro em uma olimpíada havia sido encerrada.
João passou por depressões e por um enorme abandono da mídia. Depois de anos conseguiu ser eleito deputado estadual. Mas sempre viveu com tristeza e amargura em seu coração.
Em 1999, João morreu de uma infecção generalizada associada com uma cirrose aos 45 anos.
Mas sua história não morreu, continua viva, com o incrível Jadel Gregório, que possui uma história de vida de superação que poderiam ser usadas em um filme. Jadel quebrou no último Pan-americano realizado no Rio o último recorde ainda sobrevivente de João, o recorde no Salto Triplo Sul-americano.
O recorde quebrado por Jadel durava 32 anos!
O Brasil possui uma tradição de atletas incríveis nessa modalidade, Adhemar Ferreira, João do Pulo e agora Jadel Gregório. Pena que também no Brasil existe a triste tradição de abandonar antigos heróis olímpicos.
Uma tradição que devia acabar. A tristeza no coração desses atletas é vista facilmente, afinal não deve ser nem um pouco fácil ser herói em um dia e ser simplesmente esquecido no outro. Além do que, em nosso país, com todas as dificuldades de educação e chances de trabalho, esses ex-atletas acabam abandonados financeiramente e acabam com suas vidas sem a menor dignidade que é merecida.
Durante o Pan do Rio, vi uma reportagem sobre a ajuda que ex-atletas medalhistas olímpicos recebem em Cuba, onde são trazidos pelo governo para ajudar no esporte que praticavam e tiveram sucesso, treinando e aconselhando novos atletas. Além de terem seus estudos pagos e planos de desenvolvimento pessoal.
Cuba como todos sabem não é um país rico, muito pelo contrário, agora, por que aqui as coisas não poderiam ser diferentes. Por que o esporte e esses heróis só são lembrados em épocas olímpicas?
Como seria bom se os antigos atletas e nossos heróis olímpicos pudessem continuar a ajudar no esporte, passando experiências e seu talento para que possamos sonhar sempre com mais medalhas.
Como sempre, estamos atrasados... Mas a esperança é a última que morre e nossas lembranças também...
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