quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eterno capitão.


"Eu não tenho a seleção como um plano, não depois de todo esse problema (de contusão). Tenho que ter bom-senso. A seleção está muito bem. Se você me perguntar, acho até que teria condições de voltar e fazer uma boa preparação. Mas eu não estou fazendo falta nenhuma. Agora sou um torcedor".

Com estas palavras um dos melhores jogadores de vôlei que o Brasil já teve, deu por encerrado o sonho de jogar mais uma olimpíada. Nalbert, 33 anos está oficialmente aposentado da seleção. Pelo menos foram suas palavras.
Mas analisando estas mesmas palavras, percebe-se que ele não queria ficar de fora. Para ele era importante conseguir chegar a Pequim e poder jogar sua última olimpíada. Talvez tenha faltado aquele incentivo-atitude de Bernardinho (acredito que está seja uma falha de muitos técnicos, justamente de não confiar no jogador, em sua capacidade de recuperação e vontade de jogar e de toda sua história de dedicação e sacrifício. Não podemos crucificar o técnico brasileiro, mas que palavras de incentivo viriam bem, isso com certeza).
Que a seleção Brasileira masculina esta muito bem, isso é verdade, ganha tudo que disputa, mas Nalbert infelizmente tenho que discordar de você em um ponto: Você faz muita falta.
Um capitão nato, um jogador completo, que não mede sacrifício para vencer? Como não sentir falta de um jogador como este?
Também não vou entrar no mérito de criticar ou questionar a atual seleção por que nela existem diversos jogadores espetaculares, como o Incansável atacante Giba, atual capitão, Gustavo, Sergio, Rodrigão, Marcelinho entre outros. É o time dos sonhos, mas você Nalbert teria sempre um espaço.
A trajetória de Nalbert sempre foi complicada devido às contusões. Estreou com a seleção em 1993, após a conquista inédita da medalha de ouro em Barcelona em uma fase de total transição. Disputou um total de 3 olimpíadas, Atlanta (5° lugar), Sidney (6° lugar)e Atenas (OURO). Sagrou-se também em 2002, campeão mundial (como capitão).
Mas nos últimos anos têm visto a seleção se afastar. Com contusões consecutivas (joelho e ombros) acabou ficando fora dos Jogos Pan-Americanos e por conseqüência acabou desistindo dos jogos olímpicos.
Fico triste, por que sei o que é ficar de fora de algo grandioso, claro que mensurando a diferença entre um campeonato sul-americano de uma olimpíada, mas o gosto amargo e o sentimento ferido são os mesmos e estes duram para sempre.
Gostaria de ver-lo jogar mais uma vez capitão, junto com seus amigos e defendendo as cores de um país as quais defendeste de coração aberto. É como dizem por ai, o mundo da voltas, quem sabe sua próxima parada ainda seja do outro lado do mundo.

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