
Não é um esporte olímpico e para muitos nem se trata de um esporte, mas para mim, merece um lugar de destaque neste blog.
Realmente o Rúgbi não é um esporte olímpico e também nem teria como ser, já que o tempo de recuperação de uma partida para outra demora em torno de 10 dias e as olimpíadas duram cerca de 2 semanas.
Abro um espaço, interrompendo uma seqüência de textos sobre atletas do passado para falar sobre atletas do presente, heróis e guerreiros implacáveis. Quero falar sobre os Pumas.
Todas as seleções do mundo (no rúgbi) possuem apelidos e mascotes, e os Pumas representam a tradicional seleção Argentina.Realmente o Rúgbi não é um esporte olímpico e também nem teria como ser, já que o tempo de recuperação de uma partida para outra demora em torno de 10 dias e as olimpíadas duram cerca de 2 semanas.
Abro um espaço, interrompendo uma seqüência de textos sobre atletas do passado para falar sobre atletas do presente, heróis e guerreiros implacáveis. Quero falar sobre os Pumas.
Durante o último mês estive de olhos grudados na televisão (ESPN) para acompanhar os jogos da Copa do Mundo de Rúgbi que esta sendo disputada na França e principalmente torcendo e muito para os Pumas.
A seleção argentina chegou até as Semifinais onde perdeu para a favoritíssima ao titulo África do Sul (final disputada no dia de hoje 20/10 a partir das 16:15 na espn), por um placar elástico, mas isso não era o importante, o importante era que os Pumas nunca tinham chego tão longe.
Bom, onde quero chegar? Exatamente a disputa do 3° lugar que foi realizado ontem em pleno Parque dos Príncipes em Paris contra nada menos que a seleção francesa.
A argentina já havia ganho da França durante a fase de classificação e por conta disso o jogo começou com um clima pesado de revanche.
O jogo foi duríssimo, muito pegado e até mesmo muito violento. Mas o rúgbi não se trata apenas de vencer, trata-se de sacrifícios, mesmo que seja deixar a vida no “campo de batalha”.
Rúgbi trata-se de coração, raça e muita coragem, as jogadas exigem justamente todas essas qualidades e um jogador para sobreviver tem que vive-las a ferro e fogo e os pumas que sabem muito bem como utilizar essas “exigências” do esporte e as mostraram por cerca de 80 minutos.
Pode-se até dizer que no jogo todo só deu França, eram os franceses que procuravam atacar e montar as jogadas. Mas não podemos deixar de falar que a raça argentina vez toda a diferença.
Por enumeras vezes os jogadores argentinos defenderam os ataques vorazes dos franceses e em momentos oportunos conseguiam chegar ao ataque com uma mortalidade impressionante, anotando os Try’s (o try seria o equivalente ao tochdown do futebol americano).
Os Pumas conseguiram levar o jogo até o final e venceram mais uma vez os franceses em casa. O resultado do jogo histórico foi 34 a 10 para os argentinos.
Mas o que mais impressionou foi à dedicação e a determinação dos jogadores argentinos. Alguns machucados (machucados no rúgbi é bem diferente que os machucados do futebol, jogar machucado no rúgbi é jogar com costelas quebradas ou um nariz dilacerado) e outros sem a menor condição de jogo (caso do jogador francês e personagem do campeonato, Shabal)
Ninguém queria estar de fora, esse talvez seja o grande ensinamento desta geração de ouro do rúgbi argentino onde infelizmente muitos destes heróis aposentaram no dia de ontem, suas camisas listradas.
Esse é um esporte onde realmente se joga com o coração, onde dar a vida pela pátria é aceitável, onde doar-se e morrer por um companheiro é a coisa mais honrosa possível.
Nunca deixar um companheiro em perigo e nunca, nunca fugir, nunca desistir, mesmo que o jogo tenha terminado.
Acho que em minha vida nunca tinha torcido tanto por uma partida esportiva como torci ontem pelos Incríveis Pumas, como torci por Felipe Contepomi (que esta na lista dos 5 melhores do mundo) e “el capitan” Agutín Pichot que realizou sua última partida no posto principal da seleção argentina.
Esse é o fim de uma era do esporte argentino, o mais vitorioso da história. Este 3° lugar teve o mesmo ou até maior valor do que o próprio título, mostrando que ser o primeiro não é tão importante, quanto ter a certeza que tudo que era possível foi feito e deixado dentro do campo, sem arrependimentos.
Vamos, Vamos Argentina, Vamos a ganar, Vamos Pumas!
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